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Cinema: Crítica – O Génio do Mal: O Início

O terror regressa ao grande ecrã com O Génio do Mal: O Início (A Primeira Profecia, no Brasil), realizado por Arkasha Stevenson, que conta a origem dos eventos do clássico filme dos anos ’70.

Quando pensávamos que a moda de fazer prequelas de filmes de terror clássicos já, de algum modo, teria desvanecido, eis que surge O Génio do Mal: O Início, que conta a história antes dos eventos do filme realizado por Richard Donner, originalmente lançado em 1976, prometendo muito terror.

A origem do mal começa em Roma, onde Margaret (Nell Tiger Free) está para fazer os seus votos. Com a cidade fragilizada por protestos e manifestações violentas, esta acaba por conhecer Luz (Maria Caballero), onde formam uma amizade. Pelo meio, Margaret acaba por se dar com Carlita (Nicole Sorace), uma criança problemática que poderá estar ligada aos fenómenos estranhos da igreja.

Tal como esperado, esta prequela cai imediatamente dentro do aceitável, optando por delinear uma história afastada o suficiente do filme que se inspira, e eventualmente liga; fazendo um excelente trabalho em demonstrar nas suas várias cenas, momentos grotescos – e são muitos – que acabam por suscitar curiosidade no espectador em explorar a restante série de filmes. Mas estar no meio também implica que a jogada de segurança é frequentemente redundante perante o género, não oferecendo nada propriamente novo.

No entanto, o que oferece, fá-lo bastante bem, com muito sangue e sustos, estes aliados a um design de som capaz de fazer arrepiar e que nos deixa em sobressalto. A realização de Arkasha Stevenson pode não definir a sua carreira, mas contribui para uma filmografia bastante interessante, que inclui um episódio da aclamada série Legion, demonstrando muita capacidade naquilo que faz.

Este novo enquadramento da série, acaba por contribuir de forma positiva, expandindo as origens do mal, com uma abordagem respeitosa em como precede os eventos do filme de 1976, e a subsequente sequela na série Damien; aos quais se juntam os riscos que vêm de mostrar muito sangue e body-horror, mostrando um certo conforto no terror que claramente quer causar. É algo que os fãs certamente irão apreciar, causando momentos em que escondemos a cara.

Assim, O Génio do Mal: O Início oferece uma nova experiência dentro do universo criado por David Seltzer, num filme que cumpre as expectativas de uma prequela, enquanto também assume-se como uma obra com algo único que irá satisfazer o mais comum fanático de terror. Os paralelismos com Imaculada podem existir, sobretudo numa altura em que ambos filmes partilham o cartaz, mas são filmes muito diferentes sobre o nascimento do Anticristo. 

Só espero que ninguém esteja a manifestar o acontecimento deste lado do ecrã.

Nota Final: 6/10

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