Cinema: Crítica – Maze Runner: A Cura Mortal
A Saga Maze Runner regressa aos cinemas com o seu terceiro e último capítulo, será este o final que a série merece? O Central Comics já foi ver!!
Os Clareirenses estão finalmente entre amigos e têm um objectivo, salvar Minho (Ki Hong Lee). Cabe então a Thomas (Dylan O’Brien), Newt (Thomas Brodie-Sangster) e Frypan (Dexter Darden) resgatar o seu amigo da CRUEL, a associação responsável por todo o seu sofrimento.
No entanto cabe-lhes atravessar os perigos duma Terra infestada pelo Fulgor (o vírus Zombie deste universo) rumo à última metrópole do planeta.
Pelo filme fora temos uma exploração dum “bem maior” que motiva a CRUEL, a cura do vírus, o que concede a estes vilões algum apoio moral. No entanto nesse investimento nas “áreas cinzentas” algumas personagens, nomeadamente Janson (Aidan Gillen), acabam por ser apresentadas como mal-feitores caricatos, só falta o bigode para encaracolar. Mais flagrante ainda é o desenlace da história de Teresa (Kaya Scodelario) uma personagem que acaba por destacar-se pela negativa – sem ter lido os livros admito que não sei quem culpar…
De destaque mais uma vez o Giancarlo Exposito e a Rosa Salazar que acabam por cimentar as suas personagens como protagonistas mesmo só tendo entrado na franquia no final do segundo capítulo.
No cinema, a saga Maze Runner como tantas outras, vive à base das set pieces, sequências de maior intensidade, e este filme continua a tradição. Cenários imaginativos e expansivos, guarda-roupa bem pensado mas um pouco insosso…
Os jovens atores voltam a mostrar a constante evolução que tem tido. Não estão espetaculares (ainda) mas também não se ficam pelo medíocre. O talento tem sido cultivado e são raros os lapsos.
A realização e em particular a fotografia mantêm-se no standard: não há planos peculiares ou mal enquadrados mas também não há inovação, um triste hábito que se tem formado…
E como é um capitulo final “A Cura Mortal” exige comparação, o que não será muito difícil… O Ritmo está equiparável ao do primeiro filme, mas em termos globais o filme repete os problemas da segunda entrada da série, mais uma vez não sei se culpo a adaptação ou o material adaptado…
A meu ver há ainda um final que se deixa tentar em aberto mas acaba por transmitir-se como estando incompleto, o que é uma enorme pena.
É certamente indicado para os fãs da série, mas fora desses não vai atrair muito público, uma maldição das adaptações de sagas literárias. Ao menos são só 3 filmes, talvez alguns esperançosos tentem fazer bingewatch, mas duvido que muita gente passe pelo cinema. É uma pena tendo em conta a qualidade de atores, cenários e até de algumas personagens… foi uma história divertida de acompanhar, mas consigo ver que não é para todos.
5.5/10
Henrique V.Correia
Uma Viagem no Tempo
Jovem dos 7 ofícios com uma paixão enorme por tudo o que lhe ocupe tempo.
Jedi aos fins-de-semana!