Cinema: Crítica – Five Nights at Freddy’s – O Filme
O fenómeno de Five Nights at Freddy’s é algo que hoje é visto como um dos elementos essenciais da cultura-pop actual. Desenvolvido por Scott Cawthon e lançado originalmente em 2014, são milhares os vídeos feitos por diversos criadores estabeleceu este universo como um dos mais populares entre as novas gerações, sendo apenas uma questão de tempo até que o mesmo recebesse uma adaptação para o grande ecrã. Com Cawthon a bordo no argumento, juntamente com Seth Cuddeback e a realizadora Emma Tammi, Five Nights at Freddy’s – O Filme.
Mike Schmidt (Josh Hutcherson) é um jovem com a responsabilidade de tomar conta da sua irmã mais nova Abby (Piper Rubio). Este recebe uma oportunidade de emprego como segurança nocturno no Freddy Fazbear’s Pizza, que está encerrado há muitos anos, e este proteger o icónico espaço e as personagens animatrónicas Freddy, Bonnie, Chica e Foxy. Este descobre que o local histórico esconde um segredo mortal.
O filme desde logo que muito obviamente faz uma prioridade ser uma obra acessível tanto a fãs dos jogos, como a desconhecidos que estão a experienciar o universo pela primeira vez. O facto de Cawthon estar envolvido directamente como um dos argumentistas permite que a narrativa adaptada funcione de forma orgânica, e que não comprometa o que já foi construído até hoje, inclusive as sequelas do jogo.
Na verdade, o filme age de forma muito autónoma, readaptando a narrativa base para algo suficientemente coerente para o grande ecrã, mas não corre nenhum risco em particular dentro do género, cumprindo na totalidade todos os objectivos que se predispôs. Entre o plot principal, juntam-se outros sub-plots relativo às personagens humanas, adicionando algumas camadas interessantes que tentam justificar as quase duas horas de filme, mas não se atrevem a ascender a território novo. Esta jogada pelo seguro permite que tudo corra dentro do expectável, assentando-se no ameno.
O mesmo se pode dizer do elenco, com Hutchison a ser meramente um adulto a tentar encontrar o seu caminho, conhecendo pelo meio a misteriosa agente policial Vanessa (Elizabeth Lail), que tem uma ligação nostálgica ao Freddy’s. É possível dizer que as personagens animatrónicas também cumprem bem as suas funções fundamentais na história, de algum modo que remetem à nostalgia da sua popularidade na década de 80.
Assim, Five Nights at Freddy’s – O Filme é uma adaptação bastante aceitável de um dos grande fenómenos da Internet, feito para que todos tivessem algo para desfrutar, perfeito para todo o tipo de públicos. Como tudo, as possibilidades de receber uma sequela depende de vários factores, mas a ideia de existir um universo cinematográfico tanto ou quanto rico quantos os jogos aos quais se baseia, pode ser uma realidade muito interessante.
Nota Final: 6/10
Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.