Cinema: Crítica – Feliz Dia Para Morrer
Numa altura em que estamos rodeados de reboots, remakes e sequelas sem grande aproveitamento, eis que aparece algo que parece querer ser uma mistura de géneros interessante: Feliz Dia Para Morrer é do género “Groundhog Day”(‘O Feitiço do Tempo’ de 1993) cruzado com slashers.
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Tree Gelbman (Jessica Rothe) é uma estudante universitária que acorda no dormitório dum rapaz no seu aniversário e o seu dia procede normalmente, até que ela é assassinada por alguém. Mas Tree não se mantém morta, e acorda novamente no início do dia do seu aniversário. Claramente algo está de errado e cabe a ela descobrir quem a está a tentar matar.
Ao longo desta investigação à la Nancy Drew vamos aos poucos descobrindo o que está a acontecer, morrendo umas quantas vezes no caminho. Mas a morte também traz as suas consequências, com algumas feridas superficiais dos aniversários de Tree a manter-se quando ela acorda.
Feliz Dia Para Morrer é uma longa que agarra no molde do filme de terror tradicional, mas que sabe quando se deve distanciar daquilo que mais lhe inspira. Aliás, é um filme que tem noção daquilo que realmente é, o que lhe permite não se levar mais a sério do que deve e acaba por ganhar com isso.
Porém, o grande destaque aqui é mesmo Jessica Rothe, que dá uma vida à personagem, mostrando uma evolução natural de deixar o espetador a torcer por ela.
É Tree que faz com que o filme não seja mais uma mediocridade, mas sim algo que valha a pena ver, numa homenagem às tradicionais Final Girls dos anos ’80 e ’90.
Dito isto, Feliz Dia Para Morrer não apresenta nada que não se tenha visto feito de melhor forma, mas é o seu espírito e a sua personagem principal que marcam aquela enorme diferença entre ser mais um em muitos e ser algo digno por si próprio.
Classificação: 7.5/10
-Ricardo Du Toit
Jovem dos 7 ofícios com uma paixão enorme por tudo o que lhe ocupe tempo.
Jedi aos fins-de-semana!