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Cinema: Crítica – Dungeons & Dragons: Honra entre Ladrões

Será “Dungeons & Dragons: Honra entre Ladrões” tudo o que um fã quer? Bem vindos a Faerûn, uma mística terra cheia de perigo e aventuras!

Em “Honra entre Ladrões” seguimos as aventuras do bardo Edgin(Chris Pine), um sorridente trapaceiro que busca redimir-se. Acompanhado pela poderosa Holga(Michelle Rodriguez), o Caótico feiticeiro Simon(Justice Smith) e a Tiefling Doric(Sophia Lillis), estes aventureiros irão enfrentar vários perigos, como bruxos, cavaleiros, dragões, e os malvados Magos Vermelhos de Thay, seguidores do infamo Szass Tam(Ian Hanmore).

DUNGEONS & DRAGONS: HONRA ENTRE LADRÕES

Cruzam-se ainda com o paladino Xenk(René-Jean Page), a poderosa Sofina(Daisy Head) e o encantador Forge Fitzgerald(Hugh Grant) nesta sua demanda.

A dupla de Goldstein e Daley(responsáveis por projetos como Game Night, Chovem Almondegas e Homem-Aranha: Regresso a casa), partilha o título de realizador, cedendo a esta longa-metragem uma visão muito própria, por vezes as apostas em termos de planificação não são as melhores, mas do outro lado da moeda temos divertidissimos enquadramentos e zooms que acentuam a comédia, remontando a um “The Office” num mundo de fantasia medieval.

Claro é que este não é o primeiro projeto a adaptar as aventuras do fantástico jogo narrativo, mas é o que melhor o faz.

DUNGEONS & DRAGONS: HONRA ENTRE LADRÕES

No atual panorama da cultura pop, entre gigantes como Stranger Things, o auge da Netflix, Critical Role, o mais rentável projeto na Twitch, e a recente adaptação de Vox Machina, mais um ponto alto na programação da Prime Video, e ainda por cima, numa altura em que o crescimento do jogo se intensifica a nível internacional, nunca houve ocasião mais propícia para apostar no cinema e televisão com esta marca.

O filme, pela sua mistura comédia-acção, pode dar ares superficiais do Universo Marvel, mas é pouco mais que isso.

D&D é um escape multigeracional, que tipicamente começa a ser jogado na adolescência e início de vida adulta, associando-se inevitavelmente a essa jovialidade, o humor e a tensão nasce de como nos revemos nas nossas personagens, conquistamos vitórias, ultrapassamos derrotas e mandamos bocas uns aos outros enquanto enfrentamos os nossos inimigos e desenvolvemos os nossos laços.

DUNGEONS & DRAGONS: HONRA ENTRE LADRÕES

Isso revê-se no argumento e nos diversos personagens.

Mas a adaptação não se limita à fieldade a nível narrativo, os feitiços na sua maioria são tirados diretamente dos manuais, as mecânicas são seguidas à regra.

(Excepto o Urso-Coruja que é uma monstruosidade e não uma criatura, mas os Dungeon Masters costumam ser flexíveis, ninguém gosta de advogados das regras à mesa.)

Os feitiços de Simon precisam de componentes e sem falar ele não consegue conjurar, pelo filme mostra-nos Mage Hand, Thaumaturgy Magic Missile entre outros. Holga não fala durante os seus combates, algo que remonta à classe dos Bárbaros, que precisam de manter a sua concentração enquanto usam a habilidade Rage para combater. Bruxos usam Green-flame Blade para aumentar o poder dos seus ataques e o lider Edgin inspira os seus parceiros com um carisma natural que se revê na habilidade Bardic Inspiration.

Para quem desconhece o mundo do jogo, Honra entre Ladroes oferece uma divertida aventura num mundo de fantasia, por outro lado aos jogadores, respeita e retribui a sua paixao com variados easter eggs e a sua geral fieldade ao canone deste universo.

Classificação: 7/10

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