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Cinema: Crítica – Bad Boys: Tudo ou Nada

Quase 30 anos depois da estreia do primeiro filme, Will Smith e Martin Lawrence juntam-se mais uma vez no grande ecrã para Bad Boys: Tudo ou Nada.

Quando Bad Boys estreou em 1995, ninguém esperava o sucesso do primeiro filme a sério que iria transitar Will Smith e Martin Lawrence, ambos com sucessos de sitcom garantidos, e o lançamento da carreira de Michael Bay. Mais tarde, em 2003, a sequela elevou tudo aquilo que conhecíamos sobre o trio, e efectivamente tivemos direito a um dos derradeiros filmes de Bay-hem, pré-Transformers. Com um regresso pré-pandemia ameno, a dupla junta-se de novo para o quarto filme, Bad Boys: Tudo ou Nada.

Após os eventos do filme anterior, Mike Lowrey (Smith) e Marcus Burnett (Lawrence) recebem a triste notícia que o falecido ex-capitão da polícia e mentor Conrad Howard (Joe Pantoliano) está a ser difamado por forças externas. Com a missão de limparem o nome dele, estes envolvem-se numa guerra moderna contra James McGrath (Eric Dane), ao qual se junta filho de Mike, Armando Aretas (Jacob Scipio), levando-os à descoberta da verdade.

Se o filme anterior, Bad Boys Para Sempre, abriu as portas da mortalidade desta dupla – afinal tinham-se passado 17 anos desde da última vez que se juntaram – e por isso o tom não acertou tão bom quanto muitos gostariam. A inclusão e destaque da nova equipa de elite, denominada AMMO, composta por um conjunto de jovens talentosos, significou uma divisão de atenção, e até questão do futuro da série pelas mãos dos realizadores belgas Adil El Arbi e Bilall Fallah. Mas há algo diferente nesta sequela.

Parece que estes aprenderam onde as coisas se deram menos bem e reforçaram a narrativa para a irmandade, com uma motivação muito pessoal, e aproveitar mais aquilo já estabelecido por eles no filme anterior. É um exercício muito bem feito, onde não faltam todo o tipo de situações que têm tanto de cómicas, como violentas, com muitas cenas de acção. O aperfeiçoamento de El Arbi e Fallah é comprovado com técnicas modernas e inovativas, junto com uma utilização de drones que deixaria Michael Bay muito orgulhoso. Mas mais importante é a essência de Bad Boys estar novamente presente, na sua forma maturada.
De repente, estamos perante uma obra que não tem receio em colocar estas personagens em situações intensas, onde a fé quase super-heroína é a mesma que os irá proteger das mil e uma balas que voam nos muitos tiroteios, tudo para o nosso entretenimento.

Assim, Bad Boys: Tudo ou Nada, é um regresso à forma onde podemos contar com tudo aquilo que é esperado de um verdadeiro blockbuster de verão, num filme repleto de acção em alta octanagem, imparável até ao último segundo.

Nota Final: 7/10

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