Cinema: Crítica – Assassin’s Creed
Com o final de 2016 veio mais um blockbuster, Assassin’s Creed, na sua primeira aventura pela 7ª arte. Faz jus ao jogo?
Cal Lynch (Michael Fassbender) é um homem com um passado tumoltuoso, após testemunhar o homicídio da sua mãe às mãos do seu pai ele passou a vida a fugir. No entanto no dia em que seria executado, Cal é raptado pela Abstergo, uma malévola empresa, que visa utilizá-lo para encontrar o paradeiro da Maçã de Éden.
Atráves da tecnologia Animus, a Abstergo vai mergulhar na vida de Aguillar, um ante-passado de Cal (Interpretado também por Fassbender), e o último detentor do artefacto.
Com Justin Kurzel na realização e Michael Lesslie no argumento(a equipa de MacBeth) a promessa era alguma, especialmente com os testemunhos de Fassbender e alguma da publicidade bem colocada, mas o filme deixou alguns dissabores…
A Fotografia é genial mas a montagem é absurda, os efeitos especiais são de outro mundo, mas maioritariamente são desnecessários, os actores são bons mas o dialogo é mediano…
A imersão é dificultada mas os setpieces são bons, a caracterização e o departamento artístico ganham este filme, o guarda-roupa e os cenários da Espanha Inquisitorial são pontos altos, e a sequência final, mesmo que espectacularmente conseguida pode tanto servir de ante-visão dum próximo capitulo, como de chapada ao espectador por ser aquilo que queríamos ver durante o resto do filme.
Aí reside a alma do filme, a sua dualidade. Muito como as diferenças entre Cal e Aguillar(pelo menos ao início da narrativa), também os espectadores estão divididos.
Uns odeiam, outros adoram, alguns até pelas mesmas razões, Assassin’s Creed vai preencher muitas listas de “Guilty Pleasures”, mas afinal de contas quem não os tem?
É um filme que entretém, ao fim e ao cabo, mas aos incertos só posso recomendar que esperem que chegue aos videoclubes.
6.5/10
-Henrique Correia
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