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Cinema: Crítica – A Guerra das Correntes

Thomas Edison é uma das personalidades mais importantes na história mundial, com a criação da lâmpada e da utilização da eletricidade como conhecemos atualmente. Mas, e George Westinghouse? Westinghouse trata-se também de uma figura influente, ao desenvolver em conjunto com Nikola Tesla a distribuição elétrica por corrente alternada.

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E é este o ponto de partida de A Guerra das Correntes, um filme baseado em factos verídicos e sobre o que pode acontecer quando temos génios teimosos como Edison, que nos é colocado no filme através de uma maravilhosa interpretação por parte de Benedict Cumberbatch. É através do drama da vida de Edison, que quer a todo o custo provar que a “sua” eletricidade é melhor que a de Westinghouse, interpretado por Michael Shannon. E isso será decidido na mítica Feira de Chicago de 1893.

No entanto, mesmo tratando-se de um drama histórico, é um filme que tem vários problemas. Atenção, a narrativa criada por Michael Mitnick é sólida e tem um fio condutor com um último acto bom, em que até chega a fazer o espectador tremer de ansiedade por entender quem ganhou esta “guerra”. Mas falha quando por vezes podemos perder empatia pelas personagens que nos são apresentadas, como por exemplo, Nicholas Hoult que fica muito aquém na personificação que faz de Tesla.  A grande culpa deste filme, no entanto, é mesmo do pacing que está completamente fora do sítio e que deixa por vezes o espectador com alguma impaciência ao longo da película.

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Mas, o ponto alto deste filme tem mesmo que ser as invenções apresentadas ao longo do mesmo. Não é só a eletricidade que é destacada, nem as lâmpadas. Mas sim, invenções como o fonógrafo que nos é apresentado como uma forma de Edison ultrapassar a dor da perda da sua mulher (uma interpretação tímida por parte de Tuppence Middleton); a cadeira elétrica que foi importante para esta “guerra” e que, de certa maneira contribuiu para o resultado da mesma e, talvez o mais importante, o Cinetoscópio, que quando mostrado no filme a ser utilizado por Edison ou através de breves intermissões mostra o quanto evoluímos em termos cinematográficos até aos dias atuais.

Porém, mesmo com Benedict Cumberbatch a “remar” para termos um filme interessante, com a ajuda de Tom Holland que se apresenta como Samuel Insull, na altura o assistente de Edison e com o pequeno e tímido apoio dos atores já referidos anteriormente, o filme realizado por Alfonso Gomez-Rejon é uma obra que historicamente está bem conseguida mas que, como drama, torna-se algo massudo e que poderá deixar o espectador, mesmo que inicialmente interessado, aborrecido e à espera que o filme acabe.

Nota Final: 4/10

A Guerra das Correntes estreia a 10 de outubro nas salas de cinema portuguesas

 

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