Cinema: Análise – Corpo e Alma (2017)
Corpo e Alma é o novo filme húngaro da realizadora Ildikó Enyedi que estreia nas nossas salas nacionais dia 21 de Dezembro. E nós já fomos ver!
[ad#cabecalho]
Já esteve presente em vários festivais de cinema, inclusive é um dos filmes que pode estar candidato na competição aos Óscares deste ano na categoria de “Melhor Filme de Língua estrangeira “, e esteve no Lisbon e Sintra film Festival – fora da competição.
Este filme passa-se na cidade de Budapeste (Húngria), e a accão centra-se num matadouro. No qual Maria (Alexandra Borbély) que começa a trabalhar como inspetora de qualidade. Uma mulher fria, tímida, pouco comunicativa e frágil. Que conhece no seu local de trabalho Endre (Géza Morcsánzi) que é director financeiro e um homem amargurado devido aos vários desamores ao longo da sua vida e que evitar magoar-se novamente. Forma-se uma estranha história de amor entre estas duas personagens que pouco têm em comum. Duas pessoas inadaptadas, solitárias e com vários traumas na vida.
O desenlace principal deste acontece no matadouro, onde todos os trabalhadores vão ser ouvidos por uma psicóloga Criminal, e Maria e Endre descobrem que têm o mesmo sonho quase todas as noites.
“Corpo e Alma” está muito uma excelente realização, com os seus “close-ups” às duas personagens principais, num ambiente intimista para com o espectador. E os planos das várias sequências que vemos ao longo do filme dos veados nas montanhas, como enchem uma tela de cinema é de tirar o fôlego. Sem falar nas cenas mais fortes no matadouro.
Infelizmente também tem bastantes pontos negativos. A primeira parte do filme tem um ritmo demasiado lento e só a partir do meio é que começa a desenvolver. O outro defeito é que é demasiado repetitivo, vimos as mesmas sequências várias vezes como por exemplo muitas ações idênticas, e os almoços no trabalho quando as personagens Maria e Endre se começam-se a conhecer melhor e a falar entre eles. No entanto é um filme que consegue ter uma história original, criativa, com um bom argumento e excelentes interpretações.
Classificação:3/5
David Boturão