Caminhos do Cinema Português: está a chegar o XXX Festival
O festival Caminhos do Cinema Português, que decorre em Coimbra de 16 a 23 de novembro, celebra este ano a sua 30.ª edição, com uma programação que é reflexo fiel da diversidade e qualidade do cinema português contemporâneo.
O maior festival de cinema português do país apresenta um panorama muito abrangente
da produção cinematográfica do ano com 129 filmes em exibição.
Nesta edição é homenageado uma das figuras mais marcantes da cultura portuguesa: Luís Miguel Cintra, a quem será entregue o Prémio Ethos 2024. Este reconhecimento, concedido a cada cinco edições do festival, destina-se a personalidades que abriram novos caminhos cinematográficos e criaram novos valores e oportunidades no panorama do cinema nacional. Na Cerimónia de Abertura, a ter lugar a 16 de novembro, sábado, às 18h00, no Teatro da Cerca de São Bernardo, o ator será homenageado com uma performance do Koletivo K, culminando a cerimónia com a entrega do Prémio Ethos por Isabel Ruth (galardoada em 2019).
Desde 1988, o Festival Caminhos do Cinema Português sublinha a diversidade de linguagens que marcam a filmografia nacional (desde sempre com grande reconhecimento internacional). Atualmente, conta com três secções competitivas: Seleção Caminhos (dedicada à cinematografia profissional), Seleção Ensaios (para criações de Escolas de Cinema, Audiovisual e Multimédia do Ensino Secundário e Superior) e Seleção Outros Olhares (destinado a abordagens inovadoras e novas linguagens).
Este ano, mais de 800 filmes foram candidatos às secções competitivas, tendo sido selecionados para o Festival apenas 129.
Vários momentos do festival vão contar com a presença de realizadores e atores. Miguel Gomes vai estar, logo no primeiro dia do Festival, na exibição de «Grand Tour», obra que já lhe valeu o Prémio de Melhor Realizador, atribuído na edição deste ano do Festival de Cannes. Mas há mais filmes que receberam prémios em Filmes do Mundo, uma seleção de cinema de autor internacional com filmes premiados em Locarno, Sundance, Roterdão e Cannes.
Numa singular aproximação entre autores e espectadores, que é marca desde sempre do Festival, fazem parte do programa alargado mostras paralelas, exposições, workshops e masterclasses em vários espaços de Coimbra – Auditório do Conservatório de Música de Coimbra, Auditório Salgado Zenha, Casa do Cinema de Coimbra, Teatro Académico de Gil Vicente, além do Teatro da Cerca de São Bernardo. Os Caminhos do Cinema Português estendem-se ainda ao Cineteatro Messias, na Mealhada e ao Auditório Municipal de Penacova.
25 de Abril no Caminhos: quatro filmes, quatro perspetivas
Tiago Cravidão mostra como a notícia da Revolução foi recebida em Coimbra, Luciana Fina recupera imagens desde o salazarismo ao «Verão Quente» e ao período da descolonização. E espaço aos outros olhares, a partir da Guiné e de Moçambique, com documentários de Sofia da Palma Rodrigues, Diogo Cardoso, Isabel Noronha e Camilo de Sousa.
O XXX Caminhos do Cinema Português continua a aposta em criar e cativar novos públicos e públicos novos, no domingo, 17 de novembro, com uma sessão Caminhos Juniores, que reúne um conjunto de curtas-metragens de animação a pensar nos mais novos e em toda a família.
O Turno da Noite volta a surpreender com filmes que incluem géneros como o thriller, drama, horror, gore, fantástico, sci-fi e… erótico.
Nesta edição, o júri é constituído por: Filipa Vasconcelos, João Pedro Rodrigues, Mina Andala, Paulo Cunha e Pedro Brito, na Seleção Caminhos; Salome Kikaleishvili, Joanna Orzechowska-Bonis e Josef Nagel representam a FIPRESCI, destacando a melhor longa metragem da Seleção Caminhos; Daniel Vicente Roque, Mónica Lemos e Vicente Paredes avaliam a Seleção Ensaios e André Gil Mata, Luísa Neves Soares e Valerie Braddell, a Seleção Outros Olhares.
A programação está disponível aqui. E até 12 de novembro, pode comprar aqui o passe geral, que lhe dá acesso a todas as sessões e iniciativas a… 25 euros!
Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.