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Caminhos do Cinema Português em Vila Real

O Teatro de Vila Real acolhe, hoje, dia 7 de janeiro, às 21h30, uma extensão dos Caminhos do Cinema Português  que reúne cinco filmes premiados na sua XXX edição.  A extensão do festival, organizada em parceria com a “Qualinerente – Associação Cultural” através do Shortcutz Vila Real, traz obras que abordam desde questões sociais até explorações poéticas da condição humana.

A programação da sessão inclui três obras premiadas na Seleção Ensaios – secção competitiva internacional onde se reúnem os autores de escolas de cinema de todo o mundo –  e duas obras galardoadas na Seleção Caminhos –  a principal competição onde é reunida a generalidade da produção portuguesa contemporânea.



A sessão abre com a animação “Cherry, Passion Fruit” de Renato José Duque, vencedor do prémio de Melhor Ensaio Nacional. “Através da simplicidade da mancha e dureza do traço, o filme revela a sensibilidade e vulnerabilidade de um desejo contido”, destacou o júri sobre esta obra que explora o contraste entre o fogo furioso e a cascata fluente da natureza, numa misteriosa floresta tropical onde os limites entre amor e dor se confundem.

UMA MÃE VAI À PRAIA Pedro Hasrouny
“Uma Mãe Vai à Praia”, de Pedro Hasrouny

Segue-se “Uma Mãe Vai à Praia” de Pedro Hasrouny, premiado pela “brutalidade delicada da interpretação, o sentido de humor subtil e a leveza da fotografia”. O filme retrata Teresa, mãe solteira, num dia de praia com o filho de seis anos e a irmã Marga, que regressa a Portugal para férias. O que deveria ser um momento de lazer transforma-se numa situação tensa devido aos constantes comentários da irmã sobre as conquistas do seu próprio filho e as críticas ao sobrinho.

Nothing But Shadows” de Kathy Mitrani venceu o Prémio Universidade de Coimbra para Melhor Filme. “É um filme que se agarra à pele do espectador, profundo e intenso”, sublinhou o júri universitário, elogiando como “cada visualização permite encontrar novos sentidos e relações entre os elementos que compõem a trama.” A obra acompanha Marisol, uma visionária supersticiosa, confrontada com uma descoberta perturbadora no aniversário da morte do seu marido.



Bad for a Moment” de Daniel Soares, distinguido com uma Menção Especial no Festival de Cannes, foi premiado nos Caminhos pela sua “montagem inovadora, com um ritmo e cadência particular e provocadora.” O filme retrata um dono de um atelier de arquitetura que durante um evento de team-building é confrontado com a realidade do bairro social que a sua empresa está a gentrificar.

A sessão encerra com “Iris” de João Monteiro, premiado pelo trabalho de som que o júri descreveu como “uma composição sonora exímia e cheia de adjetivos auditivos que criam uma imersão única.” O filme narra a história de um homem que começa a sofrer de uma estranha doença oftalmológica, ameaçando os alicerces da sua vida. Após uma operação mal sucedida que o arrasta para a frustração e o desespero, descobre que talvez os alicerces do seu mundo sejam mais profundos do que pensava.

A entrada na sessão, com início às 21h30, é gratuita.

Ricardo Lopes

Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.

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