Central Comics

Banda Desenhada, Cinema, Animação, TV, Videojogos

Balanço Central Comics 2022 (uma carta aberta)

Final de 2022, mais um ano de Central Comics, e um balanço que gostava de partilhar convosco. São 22 anos de existência que se cumprem este ano! Somos o site mais antigo (e ainda em funcionamento) em Portugal que dá destaque à banda desenhada, e que, nos últimos anos, se dedicou também a outras vertentes da cultura Pop, como Animação, TV, Cinema, ou Jogos, entre divulgações, cobertura de imprensa (por exemplo, a eventos relacionados com o meio), antevisões e entrevistas.

Um projecto de sucesso

O site tem neste momento cerca de 100.000 visualizações de páginas mensais, fechando o ano com um total de 1.149.879 visualizações de página (dados reais do Google Analytics).

Decidimos, há alguns anos, abrir as portas a outras vertentes de cultura Pop em parte devido ao aparecimento de alguns sites e blogues na Internet que seguiram um modelo semelhante ao que fazíamos, e que pretendiam cobrir o mesmo meio. Daí que, se inicialmente julgámos que num mercado tão pequeno havia a necessidade de nos restringirmos a um tópico tão particular como é a banda desenhada no nosso país, por outro vimos que já não havia necessidade de o fazer, e quisemos diferenciar-nos ainda mais e avançar, aproveitando para falar outros assuntos de que também gostamos e apreciamos, sem nunca deixar de priorizar o mundo da BD.

A partir daí, foram entrando para a nossa equipa os melhores colaboradores, com gostos diversificados e bons conhecimentos noutras áreas mais concretas.

O que somos?

Quando aparecemos no panorama, há muito tempo, fizemo-lo para colmatar uma falha na Internet: não existia espaço que abordasse de uma forma abrangente a BD em Portugal, excepção feita ao site da Bedeteca de Lisboa, que, ainda assim, era um pouco limitado.

Somos possivelmente a única rede do género em actividade tanto com site próprio, como com: página de Facebook, servidor de Discord, página de Instagram, página de Twitter, canal de YouTube e ainda dois Podcasts. Temos também dois grupos na rede social Facebook: um grupo de vendas, aberto ao público em geral para interações entre particulares, sem vinculações comerciais a qualquer entidade, e com regras especificas a serem apreciadas e seguidas pelos utilizadores; e também um grupo de debate, para troca de ideias entre apreciadores do género e seguidores do nosso trabalho.

Ao longo da nossa existência, organizámos mais de uma dezena de eventos físicos de cultura Pop. Criámos em 2011 o Anigamix, na Exponor, muito antes da Comic Con ter aparecido no panorama nacional ou do Iberanime se ter mudado para lá. Organizámos festas de Halloween próprias, e fizemos conteúdo para a programação dos mais variados eventos organizados por outras entidades.

Criámos um evento propositadamente para o jornal Público e a revista Visão poderem fazer reportagens de fundo sobre um fenómeno que estava a começar a aparecer no país, e que é conhecido como Cosplay. E tivemos também uma rubrica semanal sobre banda desenhada no Porto Canal.

A nossa casa, as nossas regras

A propósito dos grupos de Facebook, será importante salientar que o nosso grupo de vendas tem regras específicas e destina-se a vendas/compras/trocas de produtos específicos, e, por este motivo, e porque pretendemos ter algum critério no nosso grupo, há muitas publicações que não são aprovadas.

Já no grupo de debate, temos várias normas de funcionamento que se destinam a um uso privilegiado do espaço, por todos os utilizadores, e apenas uma regra (que parece não agradar a todos): conteúdos de sites nacionais e páginas semelhantes ao nosso, não são permitidos.

Os utilizadores, ao pretender entrar no grupo são convidados a ler as nossas regras, e têm de estar cientes delas e cumpri-las. Não queremos servir de espaço de desabafo a quem não o queira fazer. Quem não gostar destas normas, não precisa de entrar; afinal de contas, há muitos outros grupos de Facebook, portugueses, de banda desenhada, onde terão essa liberdade.

O facto é que não permitimos publicações de promoção a outros espaços, pessoas, ou iniciativas com interesses semelhantes aos nossos, é por ser um grupo exclusivo Central Comics, e porque não achamos justo que o nosso árduo trabalho, com mais de duas décadas, seja usado como rampa de lançamento de ninguém.

Aparecem-nos, constantemente, publicações de autopromoção que reencaminham para blogues, sites ou contas de Instagram, sem sequer existir qualquer outro conteúdo de relevo. Da mesma forma, têm aparecido comentários com link, tanto em publicações recentes, como em mais antigas, onde o utilizador mostra uma análise que escreveu ou alguma informação que deu, que até podem ser pertinentes considerando o tópico em questão, mas que não deixam de ser simplesmente reencaminhamentos para sites/blogues/páginas externas.

A ideia é que o debate seja algo interno, com comentários reais , e não uma chuva de reencaminhamentos sem sentido. Um pouco mais caricato e intrusivo é, como já aconteceu, terem deixado comentários com links para análises, sites, ou páginas, em publicações minhas noutros grupos relacionados, em que posso e faço menção a artigos da Central Comics, em forma de impulsionamento e aproveitamento pessoal.

Embora julgue isso uma imensa falta de ética pessoal, cada criador e administrador é livre de moderar o seu espaço como achar melhor, e nós fazemos o mesmo.

As nossas análises

Relativamente às análises que fazemos ao material que nos é apresentado, aproveito para dizer também que têm aparecido comentários, tanto nas nossas plataformas, mas principalmente noutras, em que nos apelidam de “bajuladores”, ou “parciais”, pelo facto de, na maioria das vezes, deixarmos boas revisões a obras que recebemos, julgando que uma boa crítica é sinónimo da prestação de um favor, em vez de uma real apreciação.

Este tipo de comentário, além de difamatório, é um desfavor a quem trabalha no meio (editoras, autores, e produtores), e para quem faz as críticas e divulgação de livros. Mas talvez mais ainda para quem as profere, porque fica apenas mal visto, como pessoa ou entidade – sem a percepção real do meio e de como as coisas funcionam – e também porque as más-línguas, num nicho de mercado como este, não servem propósito algum, muito menos o “bem do meio” que é muitas vezes mencionado de boca cheia.

Mas também só acredita quem quer, porque já vimos que as “vozes” que pretendem denegrir o meu bom nome, e o de toda a equipa Central Comics, partem sempre de contas anónimas, endereços de email inexistentes, ou perfis falsos recém-criados, tal é a covardia.

Aliás, resta acrescentar que as críticas positivas a livros, apresentadas por exemplo durante este último ano, se prendem com o real facto de terem sido lançadas muitas e boas obras em Portugal. Felizmente vivemos um presente em que os editores portugueses, de uma forma geral, têm sido criteriosos nas escolhas que fazem para os seus lançamentos. Se tivermos de deixar alguma apreciação negativa ao trabalho de alguém, também o fazemos; somos conhecidos, aliás, por já o termos feito inúmeras vezes.

Como exemplo:

Tal como na banda desenhada, a grande maioria de análises que fazemos a jogos dizem respeito a material que também nos é cedido pelas editoras/distribuidores, e no entanto muitas delas são negativas. Nesta categoria, infelizmente, há um diferencial de qualidade muito grande, e temos sido “obrigados”, pela idoneidade que de nós é esperada, a atribuir críticas negativas a muitos jogos, sendo que não é por isso que deixamos de receber continuamente material para avaliar e divulgar.

O mesmo se passa com o cinema: temos acesso a muitos visionamentos de imprensa, ou seja, a oportunidade de ver os filmes nas salas de cinema antes da sua estreia, a convite das distribuidoras, e também a estes atribuímos, frequentemente, críticas negativas, quando têm de ser apresentadas.

As nossas análises a obras e materiais são sinceras, não faria sentido prestarmos os nossos esforços de outra forma, pelo nosso propósito de trabalho.

Os ataques

A abordar convosco também com muita seriedade é o facto de termos sofrido muitos ataques pessoais, seja em espaços próprios, como noutros.

Não nos espanta a cópia de frases feitas, títulos de rubricas, conteúdo, porque infelizmente num meio pequeno como o da BD/cultura Pop é o esperado e usual, por quem agora chega ao meio e depois julga ter inventado a roda dentada. Até há alguns anos, não se lia nem ouvia o termo “de Geeks para Geeks”, ou “de fãs para fãs”, e assim que o utilizámos para descrever o trabalho que fazemos (a nossa loja, por exemplo), é o que mais se tem visto. Antes de eu o ter dito, levemente, mas com seriedade, não se ouvia, banalmente, a expressão “serviço público” a propósito da divulgação de BD em Portugal. E profissional de banda desenhada continua a ser algo que muito poucos são, mas que eu, pessoalmente, tenho o privilégio de ser.

Também não me espanta que surjam, de tempos a tempos, iniciativas em tudo semelhantes ao que fazemos ou já fizemos – sites; páginas; passatempos; rubricas; ofertas; colaborações; premiações. No mundo global do trabalho é muito comum, até porque tudo ou quase tudo já foi inventado.

O que não devia ser comum, de todo, era autoproclamarem-se iniciativas que já foram criadas há anos como sendo inéditas ou super-originais. Iniciativas de prémios, com poucas diferenças dos que já existem. Grupos de debate no Facebook, com troca e venda de BD, ou para serem feitas colaborações entre autores para a criação de obras – já fizemos isso no nosso antigo Fórum, há 20 anos, portanto não é nada de novo.

XIX Troféus Central ComicsTivemos provavelmente o maior passatempo de banda desenhada de sempre, no valor de centenas de euros, nas primeiras edições do Troféus Central Comics. Nessa altura, a iniciativa até fazia algum sentido, visto que não existiam redes sociais e a única forma de comunicar directamente com os leitores era através do nosso Fórum. No entanto, e com o aparecimento do Facebook onde estão pessoas que nunca pegaram num livro de banda desenhada, apercebemo-nos que isso influenciava os resultados com muitos votos “fantasma”, com o único propósito de conseguirem submissões extra para aumentar as hipóteses no sorteio final – por isso deixámos de fazer este género de passatempos.

Posto isto, os exemplos são vários e não fica bem a quem profere tais coisas.

Há quem goste de ser o centro das atenções, já nós gostamos é que a arte e a cultura Pop sejam elas o centro das atenções.

Inventámos o pão fatiado?

Não. Mas estamos no meio, por paixão, há mais de 21 anos, de forma isenta e independente, queimando muitas horas semanais do nosso tempo livre, por gosto e vocação, com o intuito de divulgar a banda desenhada e a cultura Pop no nosso país.

Dito isto, convém referir que não temos interesse em parcerias que não nos sirvam propósito algum, ou que não nos tragam nada de novo – não serviriam senão, invariavelmente, para sermos nós a despender esforço, tempo, dinheiro, a apoiar iniciativas nas quais não vemos proveito, ou que tenham o propósito de promover outras entidades, de forma mais ou menos dissimulada.

Somos nós que escolhemos os nossos colaboradores, e somos nós também que escolhemos com quem fazemos parcerias, e fazemos questão de nos relacionar mais estreitamente com profissionais da área que sejam pessoas sérias e esforçadas, em benefício mútuo, ou de forma altruista.

Portanto, “afiliações”, “parcerias”, e “ajudinhas”, quando sairíamos apenas prejudicados, em tempo, esforço, ou sob qualquer outro ponto de vista que achemos válido – não, obrigado.

“Cantigas de escárnio e maldizer”

Relativamente a ataques em nome pessoal, já vêm a acontecer há muito tempo.

Quando uma pessoa se expõe publicamente, mesmo que para um nicho de mercado como o da banda desenhada, aparecem sempre haters. É algo a que estamos sujeitos. Se no início confesso que me aborrecia, cedo passou a ser algo com que aprendi a viver, fazendo jus ao lema “os cães ladram, a caravana passa”.

Não deixa, no entanto, de ser grave e preocupante quando “anónimos” se fazem passar por mim nas minhas páginas, usando perfis falsos com o meu nome para tecer comentários, ou responder a pessoas ou entidades, como já aconteceu no nosso site, por exemplo. Infelizmente tem de se contar com situações destas quando se mostra a cara e se levam alguns valentes anos de trabalho com sucesso.

Para esses, prometo continuar a dar o meu melhor e ter cada vez mais seguidores e “duplos”.

Também é certa a perseguição pessoal a qualquer conteúdo que exponha na Internet. Como exemplo, é rara a vez em que coloque um anúncio num dos nossos grupos, ou no OLX, por exemplo (porque existem leitores e coleccionadores que não usam Facebook), em que não seja abordado, questionado sobre o porquê de estar a vender o artigo X, ou a proveniência do artigo Y, e que não me sejam escrutinados os dados pessoais e os meus restantes anúncios.

Este facto não incomoda grandemente, mas quando essas situações acontecem de forma pública no nosso grupo de Facebook, de forma continuada, a gravidade aumenta, porque não apreciamos ser confrontados por qualquer curioso nos nossos espaços. Geralmente são provenientes de perfis falsos, e até com frases feitas que, passados alguns dias, são replicadas noutras plataformas. Quando isto acontece, por vezes mantém a coerência de o fazer de forma anónima. No entanto, noutras vezes não, lá deixam escapar a sua verdadeira identidade, deixando assim transparecer a origem das provocações que tanto pretendiam manter de forma anónima.

E também não nos espanta que aconteça a seguir a ocasiões em que alguém é convidado a sair das nossas plataformas, ou confrontado por nós devido a comportamentos abusivos, seja a título pessoal ou não.

Uma das intenções de muitos destes curiosos parece ser o querer saber se estou a vender os livros que são enviados/oferecidos pelos editores, para assim nos acusarem de “falta de ética” – parece ser esta a expressão-mor deste ano. Mas quero deixar isto bem claro, caso ainda seja necessário: é público e sabido que, como muitas outras entidades, recebemos livros de editoras e autores, com o intuito da sua divulgação nas nossas redes, assim como também recebemos jogos, filmes, figuras, merchandise de marcas, etc.

Se os visionamentos de imprensa são algo momentâneo, e os jogos chegam em forma de um código digital (sendo, por isso, não transmissíveis), o livro, como objecto físico que é, pode ser repassado. No entanto, o livro, depois de divulgado, mostrado e analisado, seja no nosso site ou no nosso canal de YouTube, viu cumprido o seu propósito. Depois disso, somos livres de o guardar, oferecer, destruir ou vender. Ele passa a ser nosso e temos a prerrogativa de fazermos com ele o que quisermos.

Falta de ética aconteceria se o recebêssemos e não o divulgássemos. Se calhar, para quem pensa e diz isto, a verdadeira ética seria devolver o livro à proveniência, assim que o tivéssemos divulgado, para assim, afinal, não termos absolutamente nenhum usufruto do objecto, numa verdadeira missão filantrópica para com o meio. Será que é assim que todos deveriam proceder?

E falo no plural porque, contando com a banda desenhada e videojogos, somos de momento 7 pessoas a receber material para analisar (4 deles só nos livros), e têm todos carta branca minha para fazerem do material o que lhes seja mais conveniente, pois a partir do momento em que a obra está divulgada e a critica está publicada, o dever está cumprido e o material passa a ser seu.

Tanto estamos agradecidos pelos envios das editoras, como também isto nos “obriga” a ler livros em que, à partida, poderíamos nem ter tanto interesse. E é algo que nos dá muito trabalho, tanto as análises por escrito, como sob a forma de vídeo. Muita gente não dará valor ao facto, mas podemos perder várias horas a preparar, gravar, editar e lançar um vídeo com apenas 20 minutos. Isto para não falar nas divulgações noutras redes sociais, como por exemplo no Instagram, com fotos reais e reels de Instagram, YouTube shorts e até vídeos no Tik Tok onde agora tenho uma conta pessoal.

Trabalhamos no meio há mais de 20 anos, e somos coleccionadores desde muito antes; temos dezenas de milhares de livros em casa, entre banda desenhada e outros; novos, seminovos; raros, muito raros; caros, baratos, oferecidos, comprados; primeiras edições, livros bonitos, livros luxuosos; livros feios, rasgados, e guardados de igual modo com o maior cuidado por motivos sentimentais. Não seria preciso puxar muito pela cabeça para perceber que temos facilidade e gosto por adquirir material nos mais diversos formatos, línguas, e através dos mais diversos meios.

Não seria preciso pensar muito, também, para perceber que não temos sequer necessidade de vender encobertamente absolutamente nada, primeiro porque nada há a esconder, trabalhando e expondo-nos num meio pequeno como é o do coleccionismo em Portugal, e depois porque somos pessoas idóneas, que têm também (não esquecer) negócios próprios há mais de 16 anos. Não temos necessidade de manter em segredo a origem de absolutamente nada, nem com toda a certeza, a obrigação de divulgar a proveniência do que vendemos, ou do que coleccionamos, ou do que mostramos e expomos nos nossos espaços, nos nossos vídeos, nas nossas páginas.

Trabalhamos muito pelos livros que adquirimos, e trabalhamos muito pelos livros e jogos que nos são oferecidos pelas editoras, autores e pelos filmes que vamos ver ao cinema. E temos muita pena que por vezes certos “especialistas do maldizer” não demonstrem o entendimento necessário para compreender estes factos.

Não que necessitemos da publicidade, mas neste momento apraz-nos dizer que fazemos, durante o ano, e de forma muitas vezes anónima, ou a título pessoal e sem precisar de o apregoar ao mundo, doações de livros e outro material a instituições e particulares. E se raramente publicitamos este facto, faço-o aqui, agora, para vos dar conta do privilégio que é poder fazê-lo, e incentivar-vos a, caso possam, fazerem o mesmo.

O nosso direito à privacidade

E, por outro lado, e apesar dos constantes pedidos e sugestões, não tenho interesse em divulgar o que possuo e colecciono. Os motivos são vários: segurança e privacidade são dois deles, mas para mim, pessoalmente, este tipo de conteúdo soa-me a um regozijar que é escusado. Não tenho nada contra quem o faz, mas não faz parte do meu feitio. No entanto, e sabendo que a curiosidade é muita, por vezes faço muito doseada e espaçadamente, alguma mostragem do que possuo ou adquiro. Isto, em pequenas quantidades e apenas quando julgo que poderá ser interessante para que os seguidores possam “matar” alguma curiosidade, nomeadamente acerca de material importado ou mais antigo, como por exemplo os vídeos dos comics dos anos 1990.

O maior e principal intuito do Central Comics é incentivar o leitor a comprar e ler banda desenhada, principalmente a editada em português. Apoiar as nossas editoras e os nossos autores. E, com as nossas análises, tentar ajudar os fãs a decidirem quais livros que serão mais do seu agrado ou não.

Ter uma grande ou pequena quantidade de livros, não constitui motivo de qualquer atributo ou estatuto neste meio. Ter X ou Y não faz de um leitor, ou de um coleccionador, melhor do que o outro, que tenha muito menos. Não é por mostrar quantidade que um coleccionador ou divulgador se torna melhor.

Se o público ler muito, comprar muito, é óptimo, trabalhamos no sentido de que as pessoas saibam o que ler, e que leiam, e que sejam incentivadas a o fazer e que levem esse hábito aos seus próximos. Mas que leiam o que gostam, e que não tenham a obrigação de ler, ou de coleccionar, ou de acumular X ou Y julgando que lhes dará algum estatuto no meio ou para o prazer de provocar os outros com menos posses, porque não é assim que as coisas funcionam.

Uma referência nacional

Relativamente a ataques pessoais que temos sofrido, e que, ao contrário do que os intervenientes julguem, não são assim tão anónimos quanto isso, tenho a dizer que o sentimento que nos fica é, essencialmente, de pena. Porque não julgamos sequer conseguir perceber o que leva uma pessoa, seja ela uma simples fã, leitora, divulgadora ou editora, a debitar, atrás de um PC, veneno dirigido a uma entidade que não pretende, mas também não permite, de ânimo leve, dar espaço e tempo de antena a qualquer comentário que se lembrem de fazer.

Uma questão que também gostaria de abordar é o facto de que a confiança e as boas relações que temos com a grande parte da “indústria” não são senão o reflexo do nosso esforço, gosto, dedicação e bom trabalho no meio em que nos movemos. Não temos a ilusão da falsa modéstia.

Fazemos gosto em proporcionar um espaço de debate constante e trocas de ideias, presumindo a boa fé de todos, mas a verdade é que se tivermos de o restringir, o faremos. Nem todos são merecedores do mesmo respeito, não tenhamos essa ilusão. Por respeito a quem nos segue, a todos os elementos da nossa equipa que também já têm sido vitimas de comentários maliciosos, e a mim próprio, que dou muito de mim e do meu tempo a este projecto que muito me satisfaz.

Creio que num hipotético dia em que o Central Comics acabasse, seria um péssimo dia para o panorama nacional da BD em particular. Somos uma referência na divulgação de projectos, o site não vive de clickbaits, e todo o tempo que lhe dispensamos tem dado frutos concretos: temos verificado, especialmente ao longo dos últimos anos, um crescimento constante de visitas.

Temos recorrentemente o privilégio de sermos convidados para eventos, pedidos de entrevista, pedidos de divulgação de projectos variados, o que demonstra a importância que cada vez mais entidades dão ao nosso trabalho e capacidade de divulgação, e a importância e valor de estarmos também bem acompanhados por uma equipa de colaboradores dedicados e incansáveis (podem ver alguns deles nos nossos vídeos no YouTube), que gostam do que fazem, e muito empenhados neste projecto que é o Central Comics.

Por tudo isto, e no seguimento destas ideias, julgamos conveniente apelar a certas pessoas e entidades, que usem o direito de não referir o Central Comics e o trabalho que fazemos, directamente ou indirectamente, nomeadamente se for para distorcer factos e distribuir calunias e difamações. Ou então que o façam, mas façam-nos o favor de incluir um link de encaminhamento para o nosso site – porque, afinal de contas, não existe má publicidade.

Em nota final

Não quero deixar de prestar um agradecimento às editoras de banda desenhada que nos têm apoiado ao longo de tantos anos, e de dizer que é com muito gosto que observamos o bom trabalho que estão a fazer, e a apreciação crescente do público leitor.

O mesmo para as distribuidora e editoras de videojogos que nos permitem experimentar conteúdos antes destes serem lançados.

Aos distribuidores de cinema por nos incluírem no lote privilegiado dos que podem assistir aos filmes antes da sua estreia, e a possibilidade de fazermos passatempos para antestreias ou passatempos de oferta de merchandise oficial.

Assim como aos canais de TV e plataformas streaming que nos dão acesso antecipado a visionamentos (screenings) ou oferecer a oportunidade de testar os seus serviços.

E a todas as outras áreas da cultura Pop, nacionais e estrangeiras, que nos escolhem e nos permitem colaborar estreitamente com os seus projectos.

Um agradecimento ao incrível ao melhor staff de colaboradores, que é o nosso!

E um agradecimento muito especial a Nelson Castro, que sem ele não haveria Central Comics.

Prometemos continuar a fazer mais e melhor!

E lembrem-se, o Central Comics não é um site de banda desenhada, e muito menos um blogue. É uma multiplataforma de divulgação da banda desenhada e da cultura Pop em português para Portugal e para toda a lusofonia.

Venha um óptimo 2023 para todos.

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