Annecy: Portugal em destaque
Portugal será o país em destaque na edição do próximo ano do Festival de Cinema de Animação de Annecy, um dos mais importantes festivais do género.
A animadora e ilustradora portuguesa Regina Pessoa é, mais uma vez, a autora do cartaz do Festival de Cinema de Animação de Annecy, que se realiza de 9 a 15 de junho e que terá como tema a animação portuguesa.
Durante o evento, haverá ainda 7 programas, escolhidos por especialistas tais como Fernando Galrito – Diretor do Festival Internacional de Animação de Lisboa (MONSTRA) – dedicados à animação portuguesa, um momento especial para apreciar o talento e os conteúdos de animação produzidos por tantos artistas portugueses de renome.
Percebes (2024, Portugal / França, ANI / DOC, 11’30”), o mais recente filme realizado por Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, está selecionado para a competição de curtas-metragens da 48ª edição do Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy, de 9 a 15 de junho. Esta curta-metragem está também em competição no Animafest Zagreb, que decorre entre 3 e 8 de junho.
Sobre o seu recente trabalho, as realizadoras do BAP – Animation Studios comentam que “Este filme nasceu da vontade de mostrar um Algarve com voz própria, que quer olhar para um outro lado do postal turístico: o lado de quem o vive durante todo o ano. Um elogio às pessoas, ao mar e à sua fauna, que estão a resistir às violentas transformações do turismo“.
É o regresso de Laura Gonçalves ao Animafest Zagreb, onde em 2022 com o filme O Homem do Lixo, em estreia internacional, conquistou dois prémios – Melhor Curta-Metragem em Competição e Prémio do Público – e posteriormente foi também selecionado para a última edição do Festival de Annecy.
No programa Perspectives, Amanhã Não Dão Chuva (2024, Portugal / Alemanha, ANI, 11’30”), estará também na competição de cinema desta 48ª edição do festival. O filme, realizado por Maria Trigo Teixeira e co-produzido pela AIM Creative Studios (Portugal) e pela Wait-a-Minute (Alemanha), conta a história de Oma. À medida que envelhece, a perceção de Oma começa a mudar. Enquanto a filha tenta adaptar-se à sua nova situação, ela parece afundar-se cada vez mais em si própria.
Começou a caminhar nos alicerces de uma sala de cinema, cresceu entre cartazes de filmes e película. E o trabalho no meio audiovisual aconteceu naturalmente, estando presente desde a pré-produção até à exibição.