Análises: Turbo Overkill, Kombinera e Shadow Warrior 3
Hoje é dia de análises de videojogos, que nesta edição incluem opiniões sobre Turbo Overkill, Kombinera, e Shadow Warrior 3.
Turbo Overkill (PC Steam) – Early Access
Tendo entrado em acesso antecipado no final do mês passado, Turbo Overkill pode ser descrito como DOOM sob o efeito de esteróides futuristas.
Vestimos a pele de Johnny, um mercenário que regressa à sua cidade de Paradise e encontra a sua população possuída por Syn, uma inteligência artificial com uma agenda própria. Munido de muitas armas e ainda mais balas, juntamente com uma moto-serra na perna, Johnny terá que salvar o mundo, antes que seja tarde demais.
Com duas mãos cheias de níveis no modo história, duplicando com os níveis secretos, há muito para jogar e explorar vezes sem conta, em busca de itens escondidos e muito mais.
É impressionante como um jogo que ainda está em Early Access está tão bem conseguido, com um balanço quase perfeito entre o dano das balas e o poder dos inimigos; com dezenas de tiroteios altamente divertidos e desafiantes.
Os níveis de boss conseguem ser bastante satisfatórios, aliado a um sistema de RPG bastante simples e directo, que permitem aumentar as nossas habilidades à medida que progressismos pelo jogo.
Ainda estando em constante actualização, estas são sempre um convite para revisitar o jogo sempre que seja possível e descobrir o que há de novo, o que foi aprimorado e como tudo é conjugado para um jogo com um enorme potencial à sua frente. Muito recomendado!
Nota Final: 9/10
Kombinera (PC e consolas)
A Atari está de regresso numa fase de revivalismo, ao voltar um pouco às suas origens de videojogos de puzzles desafiantes, com um balanço entre simplicidade e dificuldade.
Kombinera é um jogo original completamente novo, mas conseguido ao pensar nos tempos de outrora, pelas mãos da Graphite Lab e da Joystick. O conceito é simples: duas ou mais bolas, de várias cores, terão que se encontrar de alguma forma. No entanto, o jogador controla todas as bolas no ecrã ao mesmo tempo.
A parte difícil chega quando existem obstáculos fixos, que farão tudo para impedir cumprirmos a nossa missão. Desde começarmos com a bola a um cabelo de um problema, à execução de acrobacias aparentemente desnecessárias para terminarmos com sucesso o nível; o importante não é as vezes que falhamos – e que serão muitas – mas aquilo que aprendemos para ganhar.
O jogo contém mais de 300 níveis, com uma dificuldade que vai de “fácil”, até “impossível para além de qualquer perspectiva”, oferecendo literalmente algo para todo o tipo de jogadores. Cabe a vocês decidirem se estão, ou não, dispostos a sofrer para ganharem.
Nota Final: 8/10
Shadow Warrior 3 (PC e consolas)
Shadow Warrior tem um lugar especial no coração de muitos jogadores, com muita espera entre as suas sequelas. Se o reboot de Shadow Warrior abriu portas para a ressuscitação dos FPS modernos como os conhecemos, Shadow Warrior 2 subiu a barra, com as suas inúmeras missões e abordagem ás armas e os monstros que matamos com elas.
Com o lançamento de DOOM Eternal durante a pandemia, seria uma questão de tempo até que Shadow Warrior 3 pegasse no conceito e, como é de sua natureza, parodiasse o mesmo, integrando mecânicas semelhantes na nova aventura de Lo Wang.
Após os eventos do segundo jogo, Lo Wang terá que se reencontrar com o seu lado mais violento e satisfazer a sua sede de sangue, utilizando um enorme arsenal e outras ferramentas extra divertidas, matando tudo e todos pela frente.
Shadow Warrior 3 tinha tudo para correr bem. Desde das diferentes secções em forma de arena, às muitas armas ao nosso dispor, acontece que o jogo é incrívelmente curto, capaz de ser terminado em praticamente 4 horas na dificuldade normal, levando as coisas com calma e serenidade.
Talvez a grande culpa seja na história linear, apostando antes numa experiência contida, não correspondendo ás expectativas que tinha estabelecido anteriormente. Sinto que há aqui uma lição pelo meio, mas que passou tão rápido que nem dei conta o que era exactamente. Seja como for, Shadow Warrior 3 consegue ser divertido enquanto o jogamos, mas assim que termina, é imediatamente esquecido. Carpe diem e coisas do género.
Nota Final: 5/10
Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.