Análise jogos: Fabledom

O Central Comics entrou num conto de fadas e experimentou Fabledom. Vivemos felizes para sempre ou será esta uma história de desencantar?

Sinopse de Fabledom

Era uma vez um descontraído jogo chamado Fabledom, desenvolvido pela Grenaa Games e distribuído pela Dear Villagers e pela Doyoyo Games. Em Fabledom, construímos e desenvolvemos a nossa aldeia, enquanto gerimos diplomacia e comércio com os nossos vizinhos inseridos num mundo dinâmico. Mas como na vida o mais importante é o amor, também nos cabe encontrar a nossa cara-metade para que possamos viver felizes para sempre.

O nosso Gameplay:

Análise de Fabledom

O género de city builder está entre os meus favoritos e é onde passei uma grande fatia do meu tempo livre nos últimos 30 anos. Tenho quase tantas horas investidas em city builders e colony builders como o estado português tem euros investidos na TAP. Já vi de tudo: desde o primeiro Sim City e a saga Settlers, passando pelos marcantes Rimworld (para mim, um dos melhores, se não o melhor, jogo de sempre), Banished, City: Skylines e Frostpunk, até às propostas mais recentes como Farthest Frontier ou Lords and Villeins. Com tanta escolha de alta qualidade, é difícil encontrar algo que me surpreenda pela positiva… mas, às vezes, acontece! Não digo que Fabledom entre no meu top 5 de city builders, mas gostei muito do tempo que passei no jogo.

Fabledom é fiel à sua categoria e não nos apresenta propriamente uma proposta linear, mas propõe-nos uma narrativa em que compomos a nossa própria história. O conceito escolhido para o jogo é excelente. Haverá melhor lugar para criarmos a nossa própria história que um conto de fadas? Quer dizer… eu argumentaria que um mundo pós-apocalíptico pejado de zombies é um tão propício a isso quanto os contos de fadas, mas vocês percebem a ideia! Voltando ao ponto — é um conceito que funciona, está muito bem executado e tem uma escrita brilhante a acompanhar. O humor em Fabledom é de se lhe tirar o chapéu e melhora bastante a experiência.

No reino da jogabilidade, Fabledom não se destaca por aí além, quer pela positiva, quer pela negativa. É um loop já visto, com uma ou duas nuances, uns quantos heróis e porcos com asas à mistura. Está bom, mas não é excecional.

Em termos de gráficos e som, o estilo escolhido encaixa-se na perfeição a este título. Se me pedissem para imaginar como seria o aspeto de um city builder num contexto de contos de fadas, fecharia os olhos e veria algo muito semelhante a Fabledom. Trata-se de um jogo bonito e agradável aos ouvidos, com excelentes desempenhos de voz (em inglês).

Estamos perante uma grande promessa no género. Porque escrevo promessa e não afirmação. Enfim… acesso antecipado! E o acesso antecipado significa frequentemente, como neste caso, falta de conteúdo.

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O conceito e a execução do jogo são acima da média e conseguem proporcionar longas horas de entretenimento, mas tenho de dar destaque ao humor porque me fez jogar com um pequeno sorriso na cara.

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A falta de conteúdo, nomeadamente, as mecânicas que ainda não se encontravam disponíveis quando experimentei o jogo (p. ex. guerra).

Classificação: 7/10

É um jogo divertido e capaz de proporcionar algumas horas de entretenimento tal como está. O que mais me empolga em Fabledom é o futuro: há um grande número de fãs a começar a juntar-se numa comunidade que promete ser extremamente participativa. Além disso, o desenvolvimento do jogo é muito ativo e consigo ver grandes coisas no horizonte.

Gostei muito de experimentar Fabledom e recomendo o jogo sem rodeios. O preço de 15,99 € parece-me justo.

Para terminar, fica a dica indispensável: não se distraiam com os porcos voadores e lembrem-se de dizer aos vossos aldeões o que fazer.

Plataforma testada: PC

Trailer de Fabledom: