Análise jogo: The Spirit of the Samurai
The Spirit of the Samurai é um metroidvania que pretende se destacar dos demais devido a originalidade dos seus visuais, mas nem sempre isso é o suficiente.
Disponível para: PC
Versão testada: PC
Desenvolvedora: Digital Mind Games
Editora: Kwalee
Devo dizer que o uso de animação a imitar o stop-motion é para mim o ponto alto do jogo, que cria uma estética única como se o Castlevania e o Mortal Kombat original (aquele que usava fotos verdadeiras de atores e atletas, para os frames da luta) tivessem um filho, e esse filho era este jogo. A atenção aos detalhes nas animações e nos cenários, como cemitérios e cavernas sombrias, contribui para uma atmosfera autêntica e imersiva e as várias cutscenes que somos brindados entre fases, mesmo não tendo a resolução desejada, também são de alto nível para um jogo deste estilo.
O elenco de vozes é impecável e a banda sonora, composta por instrumentos tradicionais japoneses, também é um ponto alto, ajudando a criar uma sensação de mistério e tensão durante o jogo. No entanto a repetição até à exaustão de certas sons e interjeições acabaram por mexer com os meus nervos.
Controlar três personagens diferentes (Takeshi, Kodama e Chisai), cada um com habilidades únicas, proporciona variedade e incentiva a experimentação. Takeshi oferece combate corpo a corpo; Kodama usa poderes mágicos; e Chisai traz mecânicas de furtividade e agilidade. No entanto apesar do combate ser inicialmente satisfatório, a repetição de inimigos e cenários faz com que a experiência se torne monótona em fases mais longas.
Apesar disso o combate tem características interessantes, com combos personalizáveis e ataques especiais com o sabre, mas também podemos atacar os nossos inimigos com o nosso arco e um número limitado de flechas que poderão ser também mais poderosas caso sejam das incendiárias. Podemos ir aumentando as nossas habilidades conforme formos apanhando itens na nossa jornada, e fazendo oferendas aos deuses. No entanto só podemos selecionar algumas pois temos um espaço limitado para as pôr em pratica. Aí, temos de escolher as que mais nos satisfaz.
Contudo um dos calcanhares de Aquiles é a sua jogabilidade. Os controles são pouco responsivos, tanto nas partes de combate como nas de plataforma. Em combate nota-se o nosso guerreiro muito preso aos movimentos além da lentidão na resposta de golpes e combos. E nas plataformas esse problema afeta muito no tempo de salto, e também na tentativa de desviar das várias armadilhas mortais espalhadas pelo cenário. Isso torna algumas partes frustrantes e exige paciência por parte dos jogadores
The Spirit of the Samurai é um jogo que combina inovação visual com uma abordagem tradicional de jogabilidade. Ele pode ser fascinante para jogadores que buscam algo diferente em termos de estética e narrativa, mas os problemas técnicos e de design podem ser um obstáculo para alguns.
Classificação (parcial*): 6.5/ 10
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Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.