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Jogos: Análise – Call of Duty Black Ops: Cold War

Desde do regresso de Call of Duty: Modern Warfare no ano passado, com um reboot que eventualmente abriria portas para o free-to-play Call of Duty: Warzone, a forma que olhávamos para este universo alterou significativamente. Não só a sua campanha a solo traria de volta um sentimento de nostalgia que nos já era estranho, como os seus modos online tomaram toda uma nova prioridade, sobretudo perante jogadores mais casuais, que se encontravam frequentemente nos campos de batalha a subir o XP, recebendo em troca armas personalizadas, novas personagens e outros brindes.

Um ano depois, e todo o entusiasmo por Call of Duty Black Ops: Cold War, que nos leva de volta à década de ’80, no meio da Guerra Fria, é levado de uma forma diferente, não só com esta alternativa à história como a conhecemos, como também na forma que, até agora, se jogava Call of Duty.

Focando primeiro no modo campanha a solo, é com muita intriga que encaramos um agente sob disfarce, fazendo para de uma equipa-sombra da CIA, com missões ilegais autorizadas por nem mais Ronald Reagan; na busca de Perseus, um terrorista soviético, e impedir que destrua o mundo livre, por todos os meios disponíveis.

Vejam aqui os primeiros 12 minutos de GAMEPLAY original Central Comics:

É de notar que percorrer as 15 missões de Cold War não demora propriamente muito tempo, sendo possível completar a história principal em cerca de 6 horas. No entanto, e porque a falta de quantidade não significa falta de qualidade, encontramos aqui algo interessante, onde a lista de tarefas vai mais além que apenas aos tiros, havendo vários momentos de investigação. Na verdade, o balanço entre tiroteios emocionantes e a procura de provas – estas servindo para recolher mais informação de missões paralelas e contribuir para a história principal de Cold War – mostram que a série está disposta a introduzir novos elementos e integrá-los sem receios nos seus jogos, algo que é muito bem-vindo.

Talvez uma das motivações por detrás dessa decisão é o facto dos jogadores sentirem entusiasmados em conhecer a fundo a narrativa e juntas as peças dos puzzles das missões, das quais são incluídas duas missões paralelas que requerem o uso de uma inteligência que não envolve, pelo menos naquele momento, disparar a tudo o que se mexa. Apenas gostávamos que houvesse mais!

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Do outro lado está o tão popular modo multijogador, aquele que, ano após ano tenta cativar jogadores. Tendo em conta que as mudanças na série continuam, é notável que os novos mapas podem ser inconsistentes entre eles, dependendo do tipo de jogo que estamos a fazer. Ir de mapas pequenos com muitos esconderijos no meio da neve, a mapas maiores em grandes cidades, como Moscovo e Miami, ao deserto de Angola, ou a meio do mar, dentro de navios, tudo isto pode causar algum choque, ao nos deixar um pouco à deriva. Uma vez que percebemos os pontos fortes e fracos, conseguimos com uma taxa variável de sucesso não morrer consecutivamente, sendo algo que requer muita atenção e prática.

Talvez uma das maiores e mais subtis mudanças é a possibilidade de montar a arma, seja num canto de uma porta, ou qualquer outro local, um grande aliado durante os combates em Modern Warfare, que aqui faz muita falta.

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Entretanto, com o anúncio da integração de Cold War dentro de Warzone e um sistema de ganhos universal entre estes dois jogos e Modern Warfare, é aparente que a Activision está a oferecer mais valor aos seus jogadores ao manter o jogo anterior ainda activo, pelo menos durante esta primeira fase onde muitos ainda estão a ponderar fazer a sua transição para Cold War. A partir de dia 10 de Dezembro haverá novos conteúdos a serem introduzidos ao mapa aberto de Verdansk, e um novo sistema Prestige que deverá dar uma nova perspectiva em como encaramos todo o universo online de Call of Duty.

Adicionalmente, a reintrodução dos modos Zombie são talvez os mais divertidos, podendo testar as nossas capacidades de sobrevivência ao máximo.

Assim, Call of Duty Black Ops: Cold War é uma entrada que fica um pouco aquém das expectativas, com uma campanha que brilha muito e durante muito pouco tempo, com um foco maior nos modos multijogador; mantendo-se a par com a sua reputação anual. Dito isto, aquilo que oferece é de grande qualidade e tanto fãs da série, como novos jogadores, poderão encontrar aqui algo um bocadinho diferente do que possam esperar de Call of Duty, principalmente a componente de investigação que é nos apresentada e que nos deixou deliciados.

Nota Final: 7/10

Call of Duty Black Ops: Cold War está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S (versão testada na Series X) e PC (Battle.net).

[O Central Comics agradece à EcoPlay]

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