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Airborne Empire: city building noutros voos

Airborne Empire
Airborne Empire

O Central Comics partiu à conquista dos céus para dominar a terra em Airborne Empire, um city builder com um toque de RPG.

Jogo: Airborne Empire

Disponível para: PC

Plataforma testada: PC

Estúdio: The Wandering Band LLC

Editora: Stray Fawn Publishing, The Wandering Band LLC

Sinopse de Airborne Empire

Ergue a tua cidade no céu enquanto exploras um vasto mundo aberto neste city building RPG.

Airborne Empire está a ser desenvolvido pela The Wandering Band LLC, que o publica em conjunto com a Stray Fawn Publishing.

Análise TLDR de Airborne Empire

Tal como a piza de ontem, a ideia de construir uma cidade numa fortaleza voadora não é fresca, mas continua a ser interessante. Porém, com vários jogos semelhantes e concorrentes, a dificuldade de singrar neste género aumenta proporcionalmente à pressão de se criar algo diferente. Airborne Empire não cedeu à pressão… mas abanou um pouco.

As mecânicas são interessantes e, sem serem extraordinariamente originais, ajudam a definir a identidade do jogo. Ainda assim, uma história um pouco mais cativante e um mundo mais preenchido ajudariam a prolongar as já satisfatórias horas de entretenimento que este título proporciona.

Piratas!

História Airborne Empire

Décadas após a era dourada das cidades voadoras, os céus são agora dominados por terríveis piratas que também ameaçam acabar com a civilização na terra. Em Airborne Empire, cabe-nos assumir o leme de uma tribo que conseguiu reconstruir um edifício voador e expandir esta cidade voadora, enquanto percorremos a ajudar aliados e combater inimigos.

Cidade voadora.

Jogabilidade de Airborne Empire

As mecânicas de Airborne Empire não são inteiramente originais. De facto, trata-se de uma espécie de spin-off de Airborne Kingdom, já que não é uma sequela declarada. Embora não tenha jogado a este, conheço o jogo e vi uns quantos gameplays — e foi lá que vi praticamente todas as mecânicas que aqui encontro agora.

Começamos com um centro da cidade e temos de usar estradas para expandir com novos edifícios económicos, sociais e militares. No planeamento da nossa cidade, temos ainda de ter em conta a propulsão e o equilíbrio para nos mantermos ágeis e a voar à medida que vamos desenvolvendo a nossa economia.

Enquanto supervisionamos a expansão da nossa cidade, vamos explorando um mundo repleto de recursos, oportunidades e ameaças. Talvez repleto seja um termo demasiado generoso para o que estamos a falar… Embora esteja bonito, com atmosfera e a transmitir a ideia de ser vasto, o mundo é um pouco vazio demais para o meu gosto — os elementos são poucos e repetidos, salpicados por uma paisagem geométrica e lisa com muito por acrescentar.

No que toca à vertente de RPG, a história e a progressão são divertidas, já que temos muitas cidades e aldeias para visitar em busca de missões. Contudo, pouco ou nada acrescentam ao verdadeiro ponto forte do jogo: a expansão da nossa cidade.

Há ainda que manter o rumo da gestão dos recursos que recolhemos e montar uma linha de produção para refinar matérias-primas.

Gráficos e som de Airborne Empire

Aiborne Empire apresenta-nos uma vasta paisagem em low poly. A arte resulta na cidade em si, mas pareceu-me demasiado polida na sua aplicação ao mundo, dando-lhe um aspeto despido. Ainda assim, diria que os gráficos são um aspeto positivo do jogo.

No que toca ao som, a música é agradável e os efeitos sonoros adequados, sem se destacarem demasiado negativa ou positivamente.

Mundo vasto, mas despido.

Postas de pescada e um par de botas

Tal como quem come tempura sem ter provado peixinhos-da-horta, tenho a sorte de ter experimentado este título sem ter jogado ao primeiro jogo da saga, já que não fiquei desiludido pela repetição das mecânicas.

No geral, tanto a jogabilidade como a atmosfera de Airborne Empire são divertidas e estamos perante um bom jogo. Porém, um RPG tem de ter um mundo vivo e imersivo, ou corre o risco de não nos conseguir fazer acreditar que estamos mesmo lá a viver as nossas aventuras. Foi um pouco isso que me aconteceu nesta experiência. A boa notícia é que o jogo foi lançado em acesso antecipado, o que significa que ainda há muito por vir, o que a equipa de desenvolvimento também já confirmou.

Recomendo Airborne Empire a fãs de city builders e a quem queira acompanhar a série por já ter comprado o primeiro título, mas com uma reserva — não não existem grandes inovações entre ambos, sendo quase versões diferentes do mesmo jogo — e um conselho — estou seguro de que este jogo terá promoções em breve, pelo que talvez seja sensato esperar por um desconto mais generoso.

+++

Mecânicas, planeamento da cidade e conceito.

Preço, mundo despido e consequente falta de imersão.

Cidades para visitar.

Classificação: 6,5/10

Não sendo a melhor classificação do mundo, tem margem de sobra para melhorar e estou convencido de que assim seria se voltasse a analisar o jogo dentro de alguns meses.

Airborne Empire está disponível no Steam a uns poucos simpáticos 28,99 €.

Para terminar, fica a dica indispensável: serei o único que recusaria sem qualquer hesitação o convite para viver numa cidade voadora?

Gameplay de Airborne Empire:

Trailer de Airborne Empire:

Gamer inveterado que não dispensa uma boa série e nunca diz ‘não’ a uma sessão de cinema… Com pipocas, se faz favor!

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