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Cinema: Crítica – O Homem do Norte (2022)

Robert Eggers tem sido um realizador importante no cinema de género, considerado um dos grandes auteurs dos últimos anos, com A Bruxa: A Lenda de New-England e O Farol a ganharem rapidamente um estatuto de culto. É um grande peso para qualquer criativo carregar nos ombros, e muito poucos conseguem aguentá-lo ao longo das suas carreiras. O seu novo filme, O Homem do Norte, vem com uma surpresa extra: a colaboração de Sjón (O Cordeiro) no argumento, com a adaptação da história que inspirou Hamlet, duma forma nunca antes vista.

Amleth (Alexander Skarsgård) é filho do Rei Aurvandil (Ethan Hawke), que pouco depois do regresso do seu pai após uma viagem, vê o mesmo a ser morto pelo próprio tio, Fjölnir (Claes Bang), que também o persegue. Conseguindo fugir e refugiar-se no mar, Amleth jura vingança e salvar a sua mãe, a Rainha Gudrún (Nicole Kidman), das mãos do seu opressor, levando-o até à Islândia.

Perante nós temos uma jornada épica repleta de violência, sangue e toxicidade masculina. É o que acontece quando valores primitivos vêm ao de cima e não há ninguém melhor que os Vikings para demonstrarem a ausência de limites. É na sua veracidade que O Homem do Norte nos apanha quase de desprevenidos, onde a falta de contenção significa que se possa explorar os ideais mais macabros desta era.

Há muito para se ver nestes 137 minutos de película, entre eles combates violentos brilhantemente coreografados, integrados numa narrativa familiar, mas que nos leva de assalto sempre que é levado ao extremo. Por todas as paisagens incríveis, há também tempo para uma história de amor, com Amleth a encontrar o seu destino na forma de Olga (Anya Taylor-Joy), acreditando que faz tudo parte do grande plano. Mas é ao descompactar os comportamentos machistas, que hoje são tanto alvo de uma atenção extra dentro do politicamente correcto, salvando-se do simples facto que essas noções eram completamente inexistentes nesta altura, pintando um retrato fidedigno. O único problema é quando nos deixa a pensar se estamos a torcer pelo herói certo da história; uma pergunta ambígua, que aliada às acções da personagem, mostram ser relevantes na sua conclusão.

Esta interpretação da história faz com que tudo que acontece em frente dos nossos olhos seja levado muito a sério, arrasando tudo e todos pela frente, sem medo das suas consequências. A narrativa também está aberta a isso, como é lhe devido, onde conceitos como vingança e redenção são aqui aplicados na sua forma mais básica e executadas de uma forma incrivelmente eficaz.

Isto só acontece porque há uma brilhante combinação entre Eggers e Sjón, um ensemble disposto a ir ao limite, uma direcção de fotografia memorável e uma banda sonora de fazer tremer qualquer um. Se qualquer um destes factores caísse, este filme não seria o mesmo.

Assim, O Homem do Norte é mais um grande passo na carreira de Robert Eggers, cimentando o seu nome como um dos grandes realizadores da sua geração. É um filme com uma grande carga de violência e momentos verdadeiramente arrepiantes, mas fá-lo de uma forma tão directa e indesculpável que não há forma senão aplaudirmos.

Nota Final: 8/10

7 thoughts on “Cinema: Crítica – O Homem do Norte (2022)

  1. Sem sobra de dúvidas, o pior filme que já vi na minha vida!
    Diálogos pobres, história mais pobre ainda, cenários completamente ridículos!
    O PIOR filme de SEMPRE!

  2. As piores 2h20 desta vida, pareceram 6000000 horas! Uma eternidade e mais houvesse!
    Gritos e grunhidos o filme todo!
    Não tenho palavras para descrever tamanha idiotice de filme!

  3. Quando leio algo com “toxicidade masculina”, eu já concluo que a pessoa é uma retardada mental. Parei de ler ali. Procurarei outra crítica de alguém menos imbecil.

  4. Não lê o texto até ao fim e assume a capacidade mental de alguém através de uma expressão. Estes símios estão cada vez mais desenvolvidos.

  5. Alguém reparou na valquiria com aparelho ou fui só eu ? Tão mas.. aparelho ? 😂😂😂😂😂

  6. Vi em muitos lugares inclusive aqui pessoas falando que não gostaram do filme, que foi perda de tempo..
    Como o ponto de vista é diferente, para mim foi uma das obras mais fiéis e representativas dos mitos e lendas do norte da Europa, dos temidos berserkers e seus fulgores de batalha, seus rituais, a mitológia nórdica bem destacada, bem usada, a raiva , a vingança, a língua misturada inglês com nórdico, tudo caiu muito bem no filme. Agradeço quem fez essa obra de arte.

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