Cinema- Crítica: Jackass Para Sempre
Jackass está de regresso ao cinema, tão estúpido e irreverente quanto esperado!
Estas olimpíadas da dor, este hino ao potencial burro e galhofento da humanidade, esta evolução natural das câmaras no quintal com os amigos.
Sabe sempre bem, mesmo quando o estomago se contorce ou nos agarramos às virilhas por puro terror e profunda empatia.
O sangue novo complementa bem a equipa de Knoxville, e existe neste filme muito uma noção de legado. Continuam um par de experiências passadas, aludindo à história enquanto passam a tocha para mais uma mão cheia de amigos.
O filme abre com uma paródia do Godzilla do mais banal, estúpido, infantil e nojento possível, e limpa muito bem o palato de tudo o resto que possamos ter consumido nas visitas anteriores à tela prateada. Prepara-nos assim para uma experiência coletiva de 1 hora e meia, sobre o significado da dor e a sua importância para a comédia.
Eu tenho 26 anos de vida, quase meia década nos dias em que me sinto mais engraçadinho, eu passei a minha infância de roda do Youtube com os meus amigos a ver vídeos de gente a fazer estupidezes ou a estropiarem-se em bicicletas, skates, pogo-sticks e pula-pulas, nunca nesses 26 anos sequer sonhei vir a partilhar esses momentos com uma sala cheia de estranhos.
Saltem para o desconhecido, se comprarem pipocas tragam um saco porque são bem capazes de as devolver ao remetente e, principalmente, preparem-se para rir e sofrer com uma cambada de desconhecidos enquanto vêm pais de filhos a agirem como otários de 16 anos nesta que é uma homenagem pura e honesta ao verdadeiro significado de ser um puto estúpido e, quiçá, da vida.
Como filme, deve levar um 3/10, nada muito elaborado ou complicado aqui acontece, mas como experiência, dependendo da sala pode ser um 5 ou um 10, portanto levem os amigos se quiserem fazer render o bilhete.
Jovem dos 7 ofícios com uma paixão enorme por tudo o que lhe ocupe tempo.
Jedi aos fins-de-semana!