Jogos: Project Zero: Maiden of Black Water – Análise
A verdade é que se formos a ver, Project Zero: Maiden of Black Water, não é propriamente um jogo novo.
Foi lançado inicialmente em 2014, para o eterno erro da Nintendo, a Wii U e, inicialmente tinha sido visto com um dos grandes exclusivos da consola, já que tinha alguma integração e envolvência com o mundo Nintendo (pelo menos no lado europeu e americano), já que as personagens principais femininas tinham a possibilidade de utilizar fatos referentes ao universo de The Legend of Zelda e Metroid. Sete anos depois, o jogo regressa tendo sido lançado para todas as principais consolas, de forma a celebrar o vigésimo aniversário da franquia.
A história que nos é contada é a de fenómenos paranormais no Mt. Hikami, acabando por fazer com que três personagens explorem o que se passa no local, nomeadamente, Yuri Kozukata (que têm talvez um dos meus fatos favoritos do jogo inteiro), Miu Hinasaki e Ren Hojo. Como o Mt. Hikami é um local bastante associado à morte e ao sobrenatural, naturalmente que a história é envolta em mistério e com demasiados fantasmas à mistura. Preparem-se para apanharem alguns dos sustos da vossa vida, pois qualquer fantasma pode estar ao virar da esquina e, definitivamente, não são propriamente amigáveis rendendo alguns jumpscares capazes de fazer com que os mais corajosos larguem o comando ou decidam repentinamente desligar a consola e terminar a sessão de jogo por ali.
A jogabilidade, por si já é algo que estamos habituados quando conhecemos a série Project Zero. Durante o jogo utilizamos a Camera Obscura, que se trata de uma câmara (tal como o nome diz) que tem como objetivo repelir fantasmas vingativos e que os impede de utilizar os seus poderes.
Como estamos num local que “cheira a morte” e onde ocorreram demasiados incidentes, é completamente natural a horda de fantasmas vingativos que acabamos por ter que enfrentar. Além disso, a câmara também tem o poder de revelar objetos que não são vistos a olho nu e a recuperar itens que desapareceram com o tempo. Já é uma “peça da casa”, mas, neste jogo, como utilizamos vários protagonistas diferentes esta torna-se vital, principalmente para resolver quebra-cabeças que nos aparecem pela frente.
Visualmente e sonoramente também se trata de um jogo bastante agradável. Já em 2014 o era. Não é tão escuro como seria de esperar de um jogo de terror, mas consegue manter o efeito tenebroso e a sensação de que não estamos sozinhos presentes no jogo. Em termos sonoros, torna-se interessante ouvir o que nos rodeia, especialmente para termos noção de quando podemos levar um susto valente. Muitas vezes fui salvo por estar atento ao que se passava em meu redor, porque se não, era bem capaz de apanhar um susto daqueles que me faria não querer jogar nenhum jogo de terror durante alguns meses. Além disso, também considero jumpscares uma prática que se tornou demasiado utilizada e que rapidamente se torna aborrecida.
Resta concluir que, Project Zero: Maiden of Black Water definitivamente não é um jogo para os mais fracos de coração. Um belo regresso a uma série que estava um pouco parada no tempo, mas que, dependendo da receção por parte dos jogadores, poderá voltar a surgir num futuro próximo.
Nota Final: 8/10
Project Zero: Maiden of Black Water está disponível para Nintendo Wii U, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series, PlayStation 4, PlayStation 5 e PC
Desenvolvedores/Editores: Koei Tecmo
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.