Jogos: Análise – Death’s Door
Começa a ser frequente como do nada aparecem jogos que nos surpreendem para além de todas as expectativas e que se tornam rapidamente em experiências únicas, que vão um bocadinho mais além de serem apenas um passatempo divertido. Este é o caso do mais recente jogo da Acid Nerve, Death’s Door.
Neste universo, controlamos um pequeno corvo, ao colher as almas dos mortos, sendo este o seu emprego diário. Mas as coisas mudam quando uma alma é roubada e temos que a encontrar, percorrendo um mundo onde a morte não existe. O que acontece a seguir é uma aventura repleta de elementos de acção e RPG que elevam toda o combate envolvido, e uma narrativa simples mas muito empática e intrigante para o jogador.
O que não falta em Death’s Door são momentos de combate intenso, onde a necessidade de sobrevivência vem ao de cima e nos obriga a não recear fazer tudo para sairmos do outro lado ilesos, incluindo criar rios de sangue daqueles que nos desejam mal. Não são apenas as criaturas que vamos encontrando que demonstram o perigo, o verdadeiro fica guardado para os diversos bosses que são mais capazes de nos derrotar se não percebermos as suas fraquezas rapidamente.
Existe um charme incrível pelo facto de o jogo ter sido desenvolvido por uma equipa de apenas duas pessoas, onde a simplicidade é um detalhe explorado positivamente ao focar no essencial do seu objectivo. A forma que tudo funciona sem percalços, desde da narrativa, à jogabilidade, passando pela banda sonora que certamente se tornará intemporal, Death’s Door é um jogo que prova que existe talento nos indies e que os mesmos deverão ser altamente reconhecidos.
Ainda que não seja particularmente um jogo longo, a adição de segredos e outras coisas divertidas fazem valer a pena explorar Death’s Door mais que uma vez, em busca de todos estes detalhes que fazem dele um dos que mais vale a pena jogar este ano.
Nota Final: 8/10
Death’s Door está disponível para a Xbox One, Xbox Series X|S e PC.
O Central Comics agradece à Devolver Digital.
Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.