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Cinema: Crítica – Gunpowder Milkshake: Mistura Explosiva

Já foi falado no passado como John Wick criou todo um subgénero de cinema, influenciando a essência dos filmes que têm surgido desde da sua estreia, de uma forma semelhante como o cinema de acção pós-2000 mudou com os filmes de Bourne. Cores neon, super-assassinos e gangues secretos são três dos ingredientes principais que fazem Gunpowder Milkshake: Mistura Explosiva um filme que poderia muito bem ser baseado numa qualquer novela gráfica, mas que faz justiça pelas suas próprias mãos no grande ecrã.

Sam (Karen Gillan) é uma assassina profissional, actividade que tem desempenhado, após ter sido abandonada pela sua mãe Scarlet (Lena Headey), que também está no mesmo ramo profissional. Depois de Sam ter cometido um erro fatal, que custou muito dinheiro à organização que ela trabalha, estes dão a ordem para a sua morte, e esta terá que escapar e sobreviver.

No que será a primeira longa-metragem em inglês do realizador israelita Navot Papushado, este está claramente muito longe do talento exibido em Raiva (2010) e o brutal Big Bad Wolves (2013), filmes que mereceram diversos prémios e puseram o realizador no mapa. Esta mudança pode ser sido um pouco radical, acabando por não mostrar o enorme potencial que o mesmo sabe que tem. No entanto, é de respeitar que esta obra seja também escrita por ele, e por isso compreender que esta foi a melhor oportunidade de fazer um filme do género.

Por outro lado, o ensemble que constitui o elenco, deixa uma boa impressão, entre Gillan que abre a mão de Sam, que está a lidar com as suas emoções familiares, enquanto causa e sobrevive à violência que lhe rodeia; Headey, que como Scarlet, tenta remediar o passado com a sua filha. Todo o restante elenco, que inclui Carla Gugino, Michelle Yeoh, Angela Bassett e Paul Giamatti funcionam como meros satélites, dispostos a apoiar seja o que for que a narrativa precisa.

Entretanto, o universo apresentado é um ligeiramente bizarro, inspirado por locais modernos, também tem uma certa margem imaginativa, que por vezes funciona melhor com os detalhes à vista, tal como a lindíssima biblioteca onde se passa uma boa parte do filme.

Dito isto, Gunpowder Milkshake: Mistura Explosiva é um thriller de acção decente, criativo e divertido, em algumas alturas, mas que entretém suficientemente para manter a curiosidade. Pode não apresentar o argumento mais original, mas é lhe reconhecido o esforço em tentar oferecer algo ligeiramente diferente.

Nota Final: 7/10

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