BD: Crónica – Hellboy, o anti-vilão!
Mas não desapareceu e agora está onde Mike Mignola sempre o quis – palavras dele!
Agora está no Inferno numa pequena reunião familiar onde vai conhecer 2 dos seus irmãos e o seu verdadeiro pai.[fbshare]
Recentemente Mike Mignola optou por reformular a numeração dos títulos que escreve e tanto a revista dedicada a Hellboy como a revista BPRD passaram a ter uma numeração sequencial e mais fácil de seguir.
Verdade seja dita: nunca foi fácil perceber bem a ordem com que o “mignolaverse” era construído. |
Bureau of Paranormal Research and Defence( BPRD) é o titulo da outra serie mensal cirada por Mignola. Esta tem mais personagens e tem sido mais regular. Isso levou a que em vários meses Mignola publicasse vários arcos em simultâneo, e era complicado destrinçar os diferentes arcos de historia que iam sendo lançados. Por exemplo: podíamos ter no mesmo mês 2 ou 3 arcos de historia da série BPRD e com 2/3 subtítulos diferentes.
- Felizmente essa confusão terminou e agora podemos acompanhar ambas as séries de forma mais simples.
O Mundo agradece!
O “mignolaverse” – ou o universo de personagens criado por Mike Mignola – tem cerca de 20 anos! É muito tempo e muita história. Curiosamente, não tanto como se pode antever.
Do meu ponto de vista Mignola é (muito) preguiçoso! É também uma espécie rara de artista: criou a sua própria personagem, desenha, escreve, partilha a sua personagem com outros e deixa que outros a escrevam e a desenhem.
Mas olhando para tudo o que publicou é difícil perceber como demorou 20 anos e de facto podia ter demorado menos, mas talvez isso leva-se a que o universo criado por si perdesse consistencia. De forma que não nos devemos queixar do que temos. Ele ainda é novo (!?) e talvez daqui por 20 anos ainda esteja a publicar livros deste universo.
Ora, como disse antes, são 2 décadas de comics! É natural que um novo leitor não saiba por onde começar, mas o Central Comics dá uma pista!
- Hellboy in Hell #1 é perfeito para “entrar” no mundo desta personagem.
Apesar desta série ser mensal, o primeiro arco termina no #4 e depois a série faz uma pausa até Dezembro, mês em que vai ser lançada a quinta revista.
Mignola aproveita este arco para aprofundar ainda mais a mitologia desta personagem ao apresentar-nos o verdadeiro pai de Hellboy. |
Logo no primeiro Arco deste herói lançado em 1994, intitulado Seed of Destruction (Semente da Destruição – também publicado em português) Hellboy é-nos apresentado como um ser chamado à terra para ser o agente de destruição do nosso planeta. Em vez disso ele é encontrado pelo Professor Bruttenholm e por vários soldados, que o acompanham e o criam até ele ser admitido no Bureau for Paranormal Research and Defense (BPRD) e se transformar no “maior investigador paranormal do mundo”.
Hellboy sempre recusou ser aquilo que os outros esperam dele – esperam que seja o Senhor do Inferno – em vez disso ele apenas quer que o deixem em paz. E nem depois de morrer e ir para o inferno o convencem a tomar o lugar que é seu por direito.
Temos que reconhecer que é uma personagem com uma personalidade muito forte!
- Se apenas olharmos para uma página, sem saber o autor da mesma ou a que revista pertence podemos facilmente identificar se é ou não uma pagina do universo criado por Mignola.
Ao longo de todos estes anos a arte sempre foi um factor distintivo desta série e apesar dos vários desenhadores sempre houve uma certa congruência artística que ajudou a caracterizar e diferenciar as revistas escritas por Mike Mignola et al.
E tu já leste alguma revista desta serie? Partilha connosco a tua opinião!
Escrito: Mike Mignola
Arte: Mike Mignola
Preço: $2.99 cada
[ad#cabecalho]
Dário é um fã de cultura pop em geral mas de banda desenhada e cinema em particular. Orgulha-se de não se ter rendido (ainda) às redes sociais.
Será que teremos este ano um ou dois livros do Hellboy pela G-Floy? Era porreiro que começassem a editar também o BPRD.
“Hellboy in Hell #1 é perfeito para “entrar” no mundo desta personagem.
Apesar desta série ser mensal, o primeiro arco termina no #4 e depois faz uma pausa por tempo ainda desconhecido.”
Essa história é mais um dos problemas da industria de comics usa os 1s que servem de ponto de entrada e muitas vezes sem qualidade,basta ver os 52 1s da Dc.