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Crítica: The Rook – 1º Episódio

Tenho que confessar algo ao leitor: por alguma razão que não consigo entender muito bem, quando me apresentam uma série de televisão envolta em mistério ou que tenha ares de policial, fico automaticamente interessado. Para o leitor ter noção, a qualquer altura do dia pode-me apanhar a ver algo do género que esteja a passar na televisão. Se vir que está a passar, fico colado, nem que seja o velhinho Crime, Disse Ela.

The Rook - Myfanwy

E foi exatamente o que aconteceu com The Rook, a série que estreia no próximo dia 26 de maio nos canais TVCine, mais concretamente no TVCine Action. Mal li a sinopse fiquei interessado em saber como se desenrolava a história.  E bem, The Rook consegue ser um projeto bastante ambicioso. A história tem como protagonista Myfanwy (interpretada por Emma Greenwell) que acorda na Millennium Bridge em Londres completamente sem memória. A perda de memória é algo explorado em já várias séries e filmes, mas, o pormenor de Myfanwy ter acordado rodeada de corpos é algo que coloca automaticamente a série noutro naipe. Portanto, temos um crime cometido por alguém, uma personagem sem memórias e um enredo que se avizinha complexo. Isto porque logo também descobrimos que a nossa heroína faz parte de uma espécie de serviços secretos britânicos chamados Checquy.

The Rook - Os corpos da ponte

Convém admitir que com a visualização do primeiro episódio é impossível saber se a série realmente é boa ou não, especialmente porque a maioria, como neste caso, serve apenas para introduzir as personagens principais, o mistério que as rodeia e pequenos fragmentos do que virá pela frente. Se há algo que me impressionou logo de início foi como é possível ao fim de 10 minutos criarmos empatia por Myfanwy. É uma personagem completamente perdida que, não sabe o que realmente fazer da vida e a quem dão uma escolha muito semelhante à dada a Thomas A. Anderson em Matrix. Aliás, além de a escolha ter uma incrível semelhança com a apresentada na série de filmes de Lilly e Lana Wachowski, também considerei a nossa personagem principal muito parecida com a interpretada com Keanu Reeves. É uma personagem sólida que realmente não sabe bem o que se passa à volta dela, mas, tanto involuntariamente como com o tempo consegue aprender e resolver situações complicadas por si mesmo.

The Rook

E não é só aqui que encontramos semelhanças com Matrix. Existe também a organização Checquy. Nela encontramos vários operativos que tem posições atribuídas como se fossem peças de xadrez. É exatamente daí que vem o título da série, já que Myfanwy é uma torre (um rook em inglês). Realmente o nome das peças também são similares às personagens que as interpretam como, por exemplo, o segundo Rook que na realidade são quatro pessoas ao mesmo tempo, todas elas iguais e com os mesmos pensamentos. E “o rei” (neste caso é uma pessoa do sexo feminino), interpretada por Joely Richardson e “a rainha”, interpretada por Adrian Lester, que parece uma troca de sexo acertada já que se denota logo a imponência da personagem de Richardson. É interessante a forma como estas personagens interagem dentro de todo aquele serviço secreto, mostrando que as coisas não são bem o que parecem.

Por fim, gostava de concluir que, com o primeiro episódio de The Rook, é difícil entender o que poderá vir por aqui. No entanto, é uma série que mesmo escondendo as suas principais jogadas nos próximos episódios tem potencial para ser uma série para deixar qualquer telespectador a pensar e cheio de dúvidas do que está a acontecer. Claramente uma série a seguir.


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