Jogos: SuperMash – Análise
Quando ouvi falar pela primeira vez em SuperMash, num Indie World Showcase da Nintendo, fiquei curioso como tudo. Quer dizer, um jogo em que misturamos vários gêneros clássicos de jogos para formar as combinações mais loucas e estranhas possíveis? Contem comigo! Mas será que o entusiasmo era o merecido?
De forma a explicar como funciona o jogo, vamos falar um pouco do modo história. A pouca narrativa que existe é baseada numa loja de videojogos que está prestes a fechar e necessita de encontrar uma nova localização. Eis que as nossas personagens, Jume e Tomo, encontram uma máquina denominada de PlayType que consegue encaixar dois cartuchos e assim fazer com que esses gêneros se juntem. Por exemplo, podemos ter um RPG de Ação (algo comum) ou um jogo de plataformas em que ao mesmo tempo disparamos tiros como se de um shoot’em up se tratasse. Uma ideia interessante certo? Seria se estivesse bem desenvolvida.
No fundo, temos uma história em que vagueamos dentro da loja de videojogos a fazer tarefas para a nossa irmã Jume ou a atender a pedidos de clientes que, invariavelmente, vai levar-nos a jogar uma combinação qualquer na consola. E, é aqui que está realmente o grande problema do jogo. As combinações inicialmente parecem infinitas, até repararmos que temos uma mão cheia de géneros que podemos escolher e outra mão cheia de tarefas que temos que cumprir nesses “mini-jogos” para conseguirmos passar para a nossa criação seguinte. Portanto, a repetibilidade é algo que acontece a todo o momento. São praticamente os mesmos jogos só que com uma ou outra modificação. Tais modificações acontecem também por causa das “Dev Cards” que vamos colecionando ao longo do jogo e que tentam trazer uma espécie de “grande modificação” para cada “mini-jogo” de forma a que não se torne tão aborrecido jogar estas misturas.
Por outro lado, a opção mais interessante que este jogo trouxe foi a possibilidade de partilharmos os jogos online. Se vamos ver muitos repetidos? Vamos. No entanto, é sempre interessante poder ver a criação dos outros jogadores e espreitar para ver as “Dev Cards” que utilizaram nele. Interessante também foi o facto de os desenvolvedores já terem garantido que vão trazer novas opções para o jogo, mas, na minha opinião, não são novos gêneros que vão revitalizar um jogo que morre logo ao início. É preciso algo que cative os jogadores e que não os faça largar o jogo ao fim de 4 ou 5 horas.
Resta concluir que, a ideia de SuperMash é uma ideia que tem potencial, mas não servida da forma como foi. É um jogo repetitivo e que rapidamente vai fazer qualquer jogador se fartar e não querer jogar mais. Com algumas modificações e atualizações pode construir uma comunidade interessante, mas sem elas, não tem pernas para andar. O que é pena já que o jogo parecia algo bastante interessante.
Nota Final: 3/10
SuperMash está disponível para Nintendo Switch (versão testada), PlayStation 4, Xbox One, PC e MAC
City Skylines: Parte 1(Grátis PS+)
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.