Jogos: Análise – One Piece Pirate Warriors 4
Antes de começar esta análise, gostava de confessar algo aos leitores: Antes de jogar este One Piece Pirate Warriors 4, a última vez que joguei um musou completo foi por volta de 2016, com o Hyrule Warriors. Portanto, senti-me um pouco “enferrujado” a jogar este jogo.
A série Pirate Warriors já vem de 2015 e, desde o primeiro jogo que se tornou uma série de referência. A realidade é que juntar duas franquias populares num só jogo foi algo completamente surreal no início, mas, ao mesmo tempo mostrou-se uma bela surpresa. Em termos de jogabilidade, se jogaram algum dos anteriores não irá ser diferente. Aliás, a minha opinião sobre jogos do gênero musou pode ser considerada um pouco controversa já que, penso que todos os jogos são iguais (lutar contra imensos inimigos e, ao mesmo tempo conquistar áreas enquanto completamos missões) com apenas algumas modificações de jogo para jogo. E, a realidade é que isso acontece neste jogo. Muda um pouco, mas nada de especial. As principais mudanças é o facto de os ataques das personagens serem um pouco diferentes e, neste campo a melhor “inovação” é apenas o facto de podermos utilizar quatro ataques especiais que podem ser evoluídos, subindo de nível. Além disso, as personagens podem mudar de forma a meio do combate, como os “Gears” de Luffy que são mudanças bastante interessantes a meio. Mas, a grande lufada de ar fresco foi mesmo o conceito de personagens gigantes que fazem maior dano, sendo algumas delas jogáveis.
Por falar em personagens jogáveis, o que mais me impressionou foi a quantidade de personagens que podemos controlar ao longo do jogo, tanto no modo história como no modo livre, onde podemos jogar os capítulos da dita história com outras personagens, fazendo com que mude um pouco a forma de completar a missão. A realidade é que, ao todo, temos 45 personagens jogáveis, como Luffy e o seu bando e outros bastantes conhecidos, como Ace, Sabo e Boa Hancook. Além destas personagens jogáveis, ainda existem outras que aparecem durante o jogo que não são jogáveis ou apenas são considerados inimigos que apenas podemos derrotar. No entanto, com tantas personagens jogáveis temos jogo para imensas horas, correto? Certo e errado.
Na verdade, só jogamos alguns capítulos da história do jogo que começa em Alabasta e a acabar em Wano Country. É certo que temos imensos vídeos durante o jogo que nos inteiram do que aconteceu pelo meio, mas, não sei, parece que sabe a pouco. Os fãs vão delirar ao verem todos esses momentos é óbvio, mas, aqueles que pegaram no jogo por outras razões provavelmente não vão achar tanta piada quanto isso. Mesmo assim, ainda são precisas cerca de 15 horas para completar a história do jogo e mais umas quantas para desbloquear tudo o que há para desbloquear no jogo. Por fim, gostava de falar do som. Ao longo dos vídeos é perfeito, especialmente porque entendemos o que as personagens estão a sentir, mas ao longo do jogo em si é péssimo porque das duas umas, ou não há banda sonora ou se há é abafada pelos nossos companheiros de equipa aos berros.
Resta concluir que, One Piece Pirate Warriors 4 é um jogo para dois tipos de pessoas: fãs de One Piece e fãs de musou. Esses irão encontrar um tesouro neste jogo. Fora isso, o mais comum dos mortais não vai achar grande piada a este jogo, mesmo que queira brincar às lutas de piratas.
Nota Final: 7/10
One Piece Pirate Warriors 4 está disponível para PC, Xbox One, PlayStation 4 e Nintendo Switch (versão testada)
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.