Crítica: X-Men Legacy #1
Antes de passar para a apreciação propriamente dita, há que contextualizar: não exagero quando digo que há anos (!) que não pego em nada das principais personagens do universo da Marvel. Perdi completamente o fio à meada e só fui tomando conhecimento dos principais eventos, mas nunca pegando propriamente em nenhum deles.
Embora de certa forma me irrite estes constantes reboots das séries, desta vez aproveitei a oportunidade para pegar num ou noutro título e começar do zero. Neste caso, peguei na série “X-Men: Legacy”, escrita por Simon Spurrier e desenhada por Tan Eng Huat. A série centra-se em “Legion”, filho de Charles Xavier e Gabrielle Haller. Para quem não sabe, Legion é um dos mutantes mais poderosos na Terra e sofre uma desordem psicológica, de múltipla personalidade. Da última vez que li (e isto foi na altura dos livros da Abril (!) ), Legion era um vilão bem perigoso. Foi então com curiosidade que peguei neste título para saber como iam abordar esta personagem.
Legion aparece então como um homem mudado, longe do mundo, no meio dos Himalaias, onde recupera a sua sanidade mental e física. Legion quer definitivamente fazer o Bem e parece estar no bom caminho. No entanto, embora aparente controlo, Legion é uma bomba-relógio prestes a mudar se algo na sua mente correr mal.
Confesso não conhecer o trabalho de Simon Spurrier, mas neste primeiro issue o argumento não me surpreendeu. É verdade que é o primeiro e precisa de alguma introdução à personagem e a devida contextualização, mas não achei a história impactante. Estava à espera de algo mais explosivo e original. Parece que o argumentista não saiu muito da sua zona de conforto.
Quanto a Tan Eng Huat, apresenta uma ou outra falha de anatomia em determinadas vinhetas, mas no geral porta-se bem. Penso que quem safa bem o issue acaba por ser José Villarrubia, o colorista que deu algum dinamismo a isto. Gostava de vos aconselhar a seguir esta série, mas até ao issue 2 não o posso dizer. Acho que no meio de tudo isto, ainda assim a capa de Mike Del Mundo é mesmo o melhor.
Classificação: 6/10
Miguel Peres