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Curtas: Críticas – The Hood; Grbavica; Invisible Hero; Phantom Power (2019)

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The Hood, Grbavica, Invisible Hero e Phantom Power fazem parte da Competição Nacional de Curtas-Metragens do IndieLisboa 2019.

The Hood, de Patricia Vidal Delgado (2019)

Passado nos Estados Unidos da América, The Hood retrata uma aventura de um homem que se intitula ser da MTV, mas que eventualmente descobrimos ser um filmmaker à procura de um rapper. Filmado em primeira pessoa em que o cameraman é uma personagem assumida e o apresentador o protagonista, os dois entram num bairro social perigoso onde fazem imediatamente amizade com locais.

The Hood, de Patricia Vidal Delgado

Num registo inovador, The Hood faz-nos pertencer a esta história pela veracidade que todas as personagens apresentam, que por vezes se assemelha a um documentário. O jovem apresentador está consciente do sítio onde se encontra e o seu medo e coragem torna-se fascinante de observar. Enquanto isso, a câmara aventura-se pelo espaço, filmando pormenores de terceiros que são óbvios foreshadowings da conclusão da curta, mas suficientemente bem feitos para surpreender e deixar-nos com vontade para mais.

Grbavica, de Manel Raga Raga

Grbavica, de Manel Raga Raga (2019)

Uma noite sombria pelo bairro Grbavica, em Saravejo. Num registo intenso, entramos numa espécie de submundo noturno, semelhante a obras de David Lynch, onde a câmara acompanha o espaço deste bairro e as personagens que nele se inserem. Por consequência, o preto e branco, a montagem e o som ambiente aliado a efeitos sonoros, criam uma viagem memorável em que a fotografia é o seu ponto alto e a interpretação é deixada em aberto para o espetador.

Invisível Herói, de Cristèle Alves Meira

Invisible Hero, de Cristèle Alves Meira (2019)

Um homem cego de 50 anos passei por Lisboa à procura de Duarte, um cabo-verdiano que afirma ser um rapaz muito simpático. Inicialmente, Invisível Herói é um mistério acerca de quem será este Duarte, no entanto, a sua importância vai-se desvanecendo e o homem cego é o destaque desta narrativa que nos estimula a sorrir constantemente pela ajuda que lhe é dada pelas várias personagens. Desde a senhora que o ajuda a escrever uma carta, o segurança da discoteca que o conhece de imediato ou a rapariga, interpretada por Lucilia Raimundo, que o ajuda a compreender noções da vida. Em suma, é uma obra com momentos memoráveis e cenas musicais e visuais surpreendentes.

Poder Fantasma, de Afonso Mota

Phantom Power, Afonso Mota (2019)

Um operador de som anda por Lisboa com a sua perche e gravador de som à procura do som ambiente perfeito para um filme no qual está a trabalhar. A nível pessoal, é uma curta que me marcou pela longa viagem que este jovem tem somente para encontrar o som ideal. Além disso, a nível visual apresenta um estilo 70s em que as cores e referências visuais são constantes e o jogo de som combina perfeitamente com a fotografia efetuada. Em suma, Phantom Power é uma carta de amor ao cinema e operadores de som cujos são descartados ou postos constantemente na rodagem de uma obra cinematográfica.

aqui os vencedores do IndieLisboa 2019

 

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