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Cinema: Crítica – McQueen (2018)

A visão pessoal da vida extraordinária do designer de moda Alexander McQueen chegou aos cinemas dia 4 de outubro de 2018.

A vida de Alexander McQueen chega aos cinemas numa visao pessoal através de entrevistas exclusivas a amigos e familiares do designer e estilista de moda. O documentário intitulado de McQueen foi realizado por Ian Bonhôte e co-realizado por Peter Ettedgui.

Ao contrário de documentários como Spielberg (2017), em McQueen não existem entrevistas atuais ao artista devido ao seu suicídio em 2010. Contudo, as utilizadas são o suficiente para compreendermos o progresso da sua carreira e as suas diferentes fases. O documentário está dividido em capítulos e consegue resumir bem cada etapa do artista, sendo possível que surja aos espetadores um maior interesse em determinado tópico ou vontade de observar mais espetáculos de McQueen, o que não será qualquer problema com a facilidade de acesso a sites como Youtube.

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O decorrer do documentário vai desde a sua primeira entrada no mundo da moda cujo era considerado um rapaz pouco atraente e sem qualquer formação na área. Todavia, tinha uma maior vontade e força para aprender do que muitos veteranos. Ao conseguir dinheiro para o seu curso, graças à sua tia e ao fundo de desemprego, McQueen começa as suas pisadas no mundo artístico, revelando as suas ideias inovadoras e eventualmente chega ao cargo de diretor artístico da Givenchy, uma das empresas de modas mais luxuosas do mundo. Sempre em conjunto com profissionais, amigos e colegas excelentes, McQueen tenta assegurar os objetivos desta sua nova casa sem perder o seu brilho pessoal.

Por consequência, cria desfiles completamente inovadores, muito ligados ao lado sombrio e psicológico do ser humano e à vida pessoal do artista. Os seus espetáculos eram por vezes mal vistos pela imprensa, no entanto, esgotavam constantemente pois o mundo inteiro queria observar as suas novas ideias.

Eventualmente, Lee Alexander McQueen cria a sua própria marca, McQueen, e chega a produzir vários espetáculos num só ano, um número considerado inalcançável nesta área. As restantes etapas e capítulos do filme estão igualmente bem desenvolvidas e cativantes, focando-se sobretudo no lado pessoal do designer, nomeadamente o modo como a morte da sua melhor amiga e mãe, a violação de quando era criança e relação com a sua tia tiveram influência nos seus desfiles e foi capaz de criar algo belo através do sombrio.

McQueen é sem dúvida um documentário brilhante, acompanhado por uma edição e música divinais. Uma visão inspiradora de como este underdog subiu ao topo da pirâmide artística.

  • McQueen estreia a 4 de outubro de 2018

9/10

Tiago Ferreira

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