O Crítico Russo: A Morte de Estaline (2018)
Olá. Eu sou o Crítico Russo e não tenho identidade pessoal. Esta é a minha genuína opinião sobre o desprezível filme A Morte de Estaline, filme inédito na minha vida porque nunca me virei tantas vezes na minha cadeira de madeira viril russa ao ver um filme sujo feito por um grupo de pindos degenerados.
[ad#cabecalho]
Arrisco-me a dizer que foram tantas quanto as que o poderoso Estaline deu no caixão ao saber a profanidade que aqui se comete à procura da mais insensível gargalhada.
Nunca um elenco desta dimensão se juntou para fazer uma afronta tão grande que cuspiu directamente na minha cara tal e qual como a prostituta em São Petersburgo, ontem à noite.
Se os meus filhos me acusaram de ser um bloco de cimento sem emoções e a minha mulher de eu não ter qualquer chama no olhar que lhe desse o mais irrisório indício de eu estar vivo, então eu culpo e aponto o dedo a este filme pelos mesmos defeitos.
Estamos claramente a ver um pedaço automático de “comédia”. Tão artificial como as minhas interacções sociais no meu frio e distante quotidiano numa dacha remota onde planto vegetais com as minhas próprias lágrimas.
E que pior colheita, do que esta que se encontra perante mim?
Detestei os fabulosos diálogos que estas bocas não-russas debitavam e nego alguma vez ter emitido algum som de prazer ao ver esta película nem sequer me lembrando dos nomes de Steve Buscemi, Jeffrey Tambor, Michael Palin, Jason Isaacs, Paddy Considine, Rupert Friend, Simon Russell Beale, Andrea Riseborough, Eloise Hanwood como Doce Rapariga Russa ou até Jeremy Limb como Músico 2.
Todos controlados e oprimidos por este Armando Ianucci, nascido a 28 de Novembro de 1963 em Glasgow, com 2 filhos e um sinal no pé esquerdo. Criador de Veep e In The Loop e uma indecisão de nacionalidades andante, do qual estou sem dúvida a falar pela primeira vez, nunca antes tendo visto todas as temporadas da série Veep.
Ianucci tentou comédia aqui, mas nada mais triste do que ver este filme falhar decididamente no seu objectivo (talvez os meus Natais solitários a contar quantas canetas Bic eu já perdi).
Excepto naquela parte em todas aquelas personagens (cujos nomes me escapam agora) carregam o grande Lenine para a cama.
Ou todos os diversos momentos de fraqueza de liderança de Jeffrey Tambor.
Mas nada é o suficiente para ignorar o balde de vodka frio que é este A Morte de Betadine. Talvez se tirassem a comédia, como eu vou tirar a minha própria vida, o filme tivesse pernas para andar.
Mas antes de acabar a minha inegável e indestrutível crítica, uma correcção.
O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Prússia. Não da Rússia, mas da Prússia.
Espero que fique claro para não acontecer outra vez.