Cinema: Crítica – Vingadores: Guerra do Infinito (SEM SPOILERS)
Vingadores: Guerra do Infinito só estreia amanhã, mas o Central Comics já foi ver! A lenda fala de 6 pedras de poder incalculável, o fim do Universo Marvel como o conhecemos chegou…
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Ena tantos! A Marvel finalmente decidiu pegar nos brinquedos todos do baú e martela-los contra o grandalhão novo que receberam nos anos e o resultado é no mínimo interessante.
É difícil escrever um resumo sem cair nos spoilers ou recitar os trailers que toda a gente já viu ad nauseum. O Filme é tal qual o que os pósters prometem, uma catrefada de bons-da-fita contra o Thanos, este vilão tão maquiavélico que conseguiu deixar-nos na corda-bamba 6 anos certinhos! (Sendo que o primeiro “Vingadores” de 2012 também foi lançado no Feriado de 25 de Abril)
A verdade é que não sei bem o que sentir.
Sim o filme está maravilhoso em termos técnicos, continuamos com iluminações peculiares aqui e ali e nem todos os planetas são mirabolantes, mas é bom, é composto, e de todos os filmes d’Os Vingadores, este é o melhor. Não é um feito do outro mundo, sendo perfeitamente honesto, mas é de louvar a constante evolução deste espantoso e expansivo Universo Cinematográfico.
Infelizmente foram tomados muitos riscos, há muitas decisões e demasiadas pontas soltas para conseguir avaliar este filme sem me habilitar aos erros crassos ou à possibilidade da conclusão desta história (no quarto filme dos Vingadores no ano que vem) não cumprir as promessas feitas ou simplesmente não corresponder às expectativas dos fãs.
Tudo muda com este filme, sem sombra de dúvida, e com o próximo tanto mais, infelizmente, do ponto de vista narrativo este filme não tem desculpa.
Não é possível deixar o final mais aberto, já não se fazem cliffhangers destes desde quando o Michael Caine e companhia ficaram pendurados no penhasco ainda em 1969, mas ao contrário d’Um Golpe em Itália, Guerra do Infinito vive só e apenas para preparar a sequela, e sobreviverá às suas custas também.
Na situação em que a longa metragem nos deixa, e com este objeto todo-poderoso que nos apresenta, é difícil se não mesmo impossível perceber se alguma destas situações que presenciamos terá qualquer impacto permanente na história geral da Franquia. Se eu não sei o que aconteceu ou, neste caso em concreto, se eu não sei se o que aconteceu vai ser permanente, eu não consigo formar opinião sem me colocar entre a espada e a parede.
Com isso dito sei que gostei, sei que tive autênticos momentos de fanboy, sei que antes de Iron Man (2008) o único da Marvel que me interessava era o Aranhiço e sei que agora conheço estes personagens todos minimamente bem, que ganhei novos favoritos, que o Cinema é da Marvel (por muito que eu prefira a DC no papel e na televisão). E somos tantos fãs, tantos que vamos encher as salas este feriado, tantos que acompanhámos estas histórias durante os últimos 10 anos. E honestamente, o seu final não obstante, este filme é para nós, a pancadaria, vulgo ação, os zás, trás, pás, os heróis a juntarem-se e um vilão a tornar-se tridimensional. Vão ter sorrisos rasgados, garanto.
A ansiedade geral pelo filme é evidente, mas aos visitantes aviso que a longa-metragem é inconclusiva e vai deixar-vos na beira dos vossos assentos contando com mais um bilhete vendido para o ano que vem. Por fim aconselho fortemente aos pais e quaisquer outros que estejam a pensar levar os mais pequenos para ver o filme, não o façam, este é sem dúvida o mais sombrio do Universo Marvel e algumas partes vão custar até aos mais velhos, esperem antes pelas vésperas do próximo filme e vejam com eles na altura.
A esperança é pouca face a Thanos, mas se não conseguirem salvar a Terra, certamente irão vingá-la!
8/10
-Henrique V.Correia
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Jovem dos 7 ofícios com uma paixão enorme por tudo o que lhe ocupe tempo.
Jedi aos fins-de-semana!
Creio que só é incloncusivo se assim o quiseres,podes interpretar como um final e período,o filme acaba,se não vires mais nenhum é o final,diz FIM não diz Continua…Como é óbvio se és leitor tudo nestes universos é reversível,mas avaliar um objecto pelo que ainda virá sem apreciar o que está e como entidade única e própria é o acto de estragar sem sentido 😉