Cinema: Crítica – Transformers – O Último Cavaleiro
Nos últimos anos Transformers tornou-se numa das sagas cinematográficas mais bem-sucedidas, cada filme arrasando as bilheteiras, mas com esses precedentes como fica este Último Cavaleiro?
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Não escondo a minha ignorância face à franquia, fora memórias turvas dos dois primeiros filmes acabei por ficar um tanto às cegas, e os cartoons e comics nunca chamaram muito a minha atenção. Por Isso mesmo chamei o João Mendes, fanático da Saga, para me tirar algumas dúvidas e elucidar algumas questões. Após um par de longas conversas e um mini-curso de história Cybertroniana penso ter uma crítica com pés e cabeça.
O filme abre a falar do nosso Deus Ex Machina para o próximo par de horas, um ceptro sagrado guardado pelos Cavaleiros de Cybertron e desejado pela Quintessa(Gemma Chan), o que outrora seria um planeta maligno habitado e reconstruido vez após vez pelos Quintessons, é agora uma Deusa criadora dos Transformers. (De nota que o design peculiar do planeta foi aproveitado para os seus aposentos em Cybertron).
Voltamos ao presente onde Cade Yaeger(Mark Wahlberg) protege e ajuda os Autobots durante a Ausência de Optimus Prime(Peter Cullen). Num mundo pós-Age of Extinction, onde cada vez mais transformers chegam á terra os Governos Humanos optaram por criar a Transformer Reaction Force, de forma a controlar e catalogar as criaturas.
Assim sendo formam-se alianças ténues enquanto todo o mundo tenta impedir a sua própria destruição ás mãos de Cybertron.
Só deste sumário torna-se evidente a complexidade da história… o que infelizmente torna-se negativo.
A Unidimensionalidade das personagens tem desculpa, sempre assim o foram, mas os elementos excessivos tornam o filme moroso de ver.
Anthony Hopkins e Jim Carter(Sir Edmund Burton e o seu aliado Autobot Cogman respectivamente) são os dois actores que salvam o filme, sendo-lhes atribuídas a maioria das gargalhadas, fora eles é tudo complexidade excessiva, elementos a mais, e personagens mal desenvolvidas.
Os piores pecadores serão sempre os transformers em si, salvo Optimus, Bumblebee, Cogman e Megatron todos os outros são, perdoem-me a expressão, carne para canhão.
Aparecem para morrer e são facilmente despachados, desde o primeiro filme que o elenco tem mudado e duvido que, fora dos fanáticos pela saga de Bay, alguém se lembre dos personagens dum filme para o outro, salvo o Grimlock e talvez o Barricade. São personagens cookie cutter, os mais novos vão conhecê-los sob virtude do merchandise que colecionarem, não do impacto no ecrã.
E falando de personagens calham-nos na rifa das “personagens novas” a Laura Haddock como Viviane Wembly, uma “escolhida do destino não-crente” por virtude da sua genealogia, sendo descendente directa de Merlin e podendo assim usar o seu ceptro, e a Isabela Moner como Izabella uma mecânica de 14 anos que faz a manutenção de autobots no seu tempo livre e passa o filme a tentar integrar-se na vida de Cade tendo perdido a sua família durante o “Dark of The Moon”
A cinematografia é Bay Clássico, explosões, carros, acção, tudo isto enquanto a câmara tenta meter a plateia no filme, falhando por vezes quando agitada excessivamente…
Por fim digo que não é um Citizen Kane, mas preenche bem a tempo, com evolução do argumento e introdução de algumas personagens novas.
6.5/10
-Henrique V.Correia
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