Cinema: Crítica – “A Cidade Perdida de Z”, de James Gray
Início do século XX, mais concretamente em 1905, na Irlanda, é onde começa esta história de aventura de “A Cidade Perdida de Z”, do Major Percy Fawcett (Charlie Hunnam), que é chamado pela Royal Geographic Society, em Londres, para ir à fronteira entre a Bolívia e Brasil, estando estes quase em guerra pelos campos de borracha.
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É nessa aventura que, juntamente com Henry Costin (Robert Pattinson) e a sua tripulação, que descobrem que poderá ter existido em tempos uma civilização mais antiga que pode ter havido, à qual Fawcett dá o nome de Z.
Este filme conta, não só a aventura de Percy em busca da cidade perdida, mas também a relação que tem com a mulher Nina (Sienna Miller) e os filhos. Ao vermos a relação que existe entre eles, podemos observar que hoje em dia somos privilegiados em relação ao contacto com quem mais amamos, contrariamente ao daquela época que era mais complicado ter notícias de alguém que estava muito longe. Pondo-nos no lugar da pessoa que vai embora, a saudade aperta ao longo do tempo, assim como, o mesmo sentimento, para quem fica.
Mesmo sabendo que Percy não irá estar muito tempo a ver os filhos crescer, nem estar ao lado dela, Nina é uma mulher de coragem, independente, um pouco fora da época, apoiando o marido nas aventuras dele, sabendo que isso será arriscado e ao mesmo tempo um feito glorioso para Percy. Numa das suas primeiras expedições, Nina entrega-lhe uma mensagem de força e esperança a Percy, referindo que um homem deve tentar sempre o inatingível.
O papel da mulher neste filme é tão importante como o papel do homem que viaja e explora o mundo. Enquanto ele está fora, ela é o pilar da família, a que dá a cara pela família em terra, e ele é o pilar da expedição em terras desconhecidas. Quando regressa das suas expedições, eles tornam-se num só, numa família composta. É talvez um pouco difícil para os filhos crescerem com o pai ausente, vendo-o apenas durante uns meses ou até poucas semanas.
Em relação á parte técnica, o filme tem uma banda sonora boa, fazendo com que fiquemos focados na história, a imagem do filme é adequada, visto ser um filme de época, não com muita luz, mas o essencial para conseguirmos aperceber da acção existente nele, a história é muito boa, levando-nos a sonhar com explorações, e sermos um pouco mais aventureiros na vida. Charlie Hunnam surpreende pela positiva, sendo o papel mais conhecido como Jackson ‘Jax’ Teller, em “Sons of Anarchy”, estando para breve mais um filme como protagonista em “Rei Artur – A Lenda da Espada”.
Classificação: 7/10
João Maria Calheiros
“Mais do mesmo?” (Outcast Série Vs. BD)!
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