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Cinema: Crítica- POWER RANGERS (SEM SPOILERS)

A quem confiar a missão de salvar a Terra? Adolescentes, obviamente! Go, Go, POWER RANGERS!

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Jason(Dacre Montgomery), Billy(RJ Cyler), Kimberly(Naomi Scott), Zack(Ludi Lin) e Trini(Becky G) são os nossos 5 heróis, cada um disfuncional à sua maneira, mas é quando estes jovens descobrem as “Power Coins”, Medalhas multi-coloridas que lhes cedem super-poderes,  que a aventura realmente começa.

Acompanhados por Alpha 5(Bill Hader) e o seu mestre Zordon(Brian Cranston), cabe a estes 5 heróis aprender a controlar o poder das Medalhas e derrotar a Malévola Rita Repulsa(Elizabeth Banks). Munidos dos seus super-poderes, perícia em artes marciais e da sua frota de Zords, os Mechas de serviço, estes novos Power Rangers prometem combater todo o Mal que ameaçar a terra.

E só pelo resumo já temos uma grande lista de parecenças com o material adaptado! Até a dose gigante de “Cheese” no dialogo dos vilões regressa! O filme mostra um enorme carinho pelos “Mighty Morphin” originais, re-escrevendo os personagens para os públicos de hoje, em particular no que toca aos problemas que cada um enfrenta.
Na minha opinião é esta vertente de “breakfast club” que realmente salva o filme. Alguns fãs da velha guarda podem odiar as mudanças aos personagens, o termo “love it or hate it” aplica-se, no entanto acredito que é um passo na direcção certa, especialmente tendo em conta que o público alvo também inclui os mais novos o que torna a moral da história, que todos acabamos por encontrar o nosso lugar neste mundo, muito mais importante.

É Infantil, sem dúvida, é divertido e é um festim para os olhos, os efeitos especiais podiam estar melhores, mas passam. Há angulos estranhos aqui e alí, mas também há planos geniais, não me admirava que Dean Israelite migrasse para o cinema de Terror. E chegamos ao Molho, os fatos… Pessoalmente, e com os trailers e posters como único recurso, entrei no filme com muito medo de como iriam ficar, então depois de esperar dois terços da metragem para os ver como deve ser, tenho a dizer que fiquei surpreendido pela positiva! Estão diferentes, estranhos até, mas ainda assim fieis à fonte. Deixem o Spandex na televisão que estas armaduras não ficaram nada mal.

Os Negativos: Este Zordon está sempre rabugento, o que pode levar a gargalhadas quando fala na sua primeira língua. O filme demora a dar pay-off e acaba com 20 minutos de ação e explosões, apenas 5 dos quais são passados com os power rangers fora dos Zords… Eu estava a contar ver os power rangers, não uma amostra de Pacific Rim.  A Trini foi a única personagem pela qual não criei afeição, tendo em conta que ela e o Zack eram os meus favoritos da série de 93, enfim…

Os Positivos: A Falta das armaduras não se sente até depois de as ver, os actores tem espaço para evoluir no seu ofício, mas não dão muitas calinadas. A maioria dos personagens migrou bem para o cinema. Admito que nunca gostei do Jason até o ver neste filme. Acho que nunca me diverti tanto à caça de easter eggs, a cena durante os créditos foi um enorme mimo, mesmo que brinque um pouco com as expectativas dos fãs. Ouvir o início de “Go Go Power Rangers” quando os Adolescentes partem para a batalha causou um sorriso de orelha a orelha.

Ao fim e ao cabo é um filme giro para ir ver com companhia devida, desdo filho que acompanha as séries mais recentes aos amigos com quem se brincava aos “Power Rangers” no recreio da escola. Não é certamente uma obra prima do cinema, e claro que há espaço para evoluir numa segunda ronda, mas no que toca à oferta actual é uma aposta gira. É Cliché, mas afinal de contas eram 5 adultos revestidos em licra e rodeados de pólvora.

7/10

-Henrique V.Correia

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