Cinema: Crítica- Logan (Wolverine 3) – Sem Spoilers!!

A idade não perdoa ninguém, muito menos o Wolverine.

Sozinho, encarregado de tomar conta de Charles Xavier (Patrick Stewart), juntamente com Caliban (Stephen Merchant), Logan (Hugh Jackman) passa os seus dias a trabalhar para pagar os medicamentos para o seu antigo mentor, cuja doença psicológica, acompanhada dos seus poderes telepatas, ameaça trazer níveis de destruição nunca antes vistos.

No entanto a vida de Logan é virada do avesso quando ele conhece Laura (Dafne Keen), uma jovem mutante com um dom muito especial Cabe agora a estes últimos mutantes transportarem Laura para segurança, enquanto evadem os Reavers, mercenários líderados por Pierce (Boyd Holbrook).

É um filme peculiar, e uma espécie diferente de “coming of age”, a classificação de maiores de 18 é um factor importante não só no que toca à violência explicita do filme, algo que de certa forma ajuda a ilustrar o filme, mas também devido aos temas abordados, a depressão, a morte de próximos, e o suicídio.

Com isso dito alguns pensariam que é um filme tristonho, mas não penso que se trate do caso, é um filme sério que aborda fielmente personagens torturadas, que consegue incluir acção e explosões e tiros e os demais sem se perder do tema.

A Fotografia e Realização são magistrais, os actores estão todos espetaculares, os efeitos especiais dão um contorno particular a alguns personagens, e é, no final de contas, um grande filme. Alguns poderão dizer que os vilões são “place-holders” ou bidimensionais, mas o ponto alto desta narrativa é que o “inimigo” é a solidão, a velhice, o medo, algo muito mais marcante que qualquer super-vilão megalómano.