Cinema: Nos bastidores de Zootrópolis
“Em Zootrópolis, todos podem ser o que quiserem.”
Ao longo da sua história, a Walt Disney Animation Studios criou um longo e célebre legado de filmes com animais que falam – desde a estreia da curta-metragem de Mickey Mouse “Steamboat Willie”, a “Bambi”, “Dumbo”, “O Livro da Selva”, “Robin dos Bosques” e “O Rei Leão.” A Walt Disney Animation Studios regressa à vida selvagem com o próximo filme ” Zootrópolis.” “Todos nós crescemos a ver os grandes filmes de animais da Disney – fomos imersos nesses mundos”, diz o realizador Byron Howard. “O filme favorito da minha infância era o ‘Robin dos Bosques’ e queríamos honrar esse legado, mas de uma maneira nova e diferente, de uma forma mais profunda. Começámos por perguntar: “Como é que é um mamífero de uma metrópole seria se fosse desenhado por animais?” A ideia era incrivelmente fascinante para nós.” [fbshare]
Zootrópolis é uma cidade única, composta por habitats que celebram culturas diferentes. Existe a luxuosa Praça Saara para os animais do deserto, o Distrito Tundra para ursos polares e alces, o quente e húmido Distrito da Selva Tropical e a Toca dos Coelhos para os milhões e milhões de coelhos. O centro da cidade, a Estação de Savanna, é uma mistura onde os vários mamíferos de cada local se reúnem – um sítio onde não interessa quem se é, desde o maior elefante até ao mais pequeno rato, pois cada um pode ser quem quiser. Mas quando a otimista Polícia Judy Hopps chega, descobre que ser a primeira coelha numa força policial de grandes e fortes animais, não é fácil. Determinada em vingar, agarra a oportunidade de resolver um caso, mesmo que isso signifique ser parceira de uma faladora, rápida e fraudulenta raposa, Nick Wilde, para resolver o mistério.
“Na sua essência, ‘Zootrópolis’ é um filme sobre amizade”, diz o realizador Rich Moore. “Judy e Nick – uma coelha e uma raposa – por lógica são inimigos naturais. Logo, estas personagens não se dão exatamente bem no início. Iniciaram a relação com ideias pré-concebidas um do outro – ideias que não são reais.
De acordo com Byron, o facto destes companheiros não se darem bem, alimenta a comédia do filme. “Judy é a eterna otimista que acredita que todos podem ser o que quiserem – o lema da cidade”, diz. “Nick é o completo oposto. É cínico. Acredita que somos o que somos. E por isso integrámos esta personagem inocente, cheia de força e vigor, no meio da grande cidade, ao lado de Nick – o realista – e este chega a divertir-se muito à conta dela. Mas Judy tem alguns truques na manga.”
Os realizadores conceberam e construíram um vasto e detalhado mundo Zootrópolis, com uma população de 50 espécies de animais diferentes, apresentando o que cada tipo faz de tão especial no mundo real, com a diferença que estes animais falam e vestem calças. “A equipa esteve durante 18 meses a fazer pesquisa de animais”, diz o produtor Clark Spencer. “Reunimo-nos com especialistas em animais de todo o mundo, incluindo do Disney’s Animal Kingdom, na Walt Disney World. Viajámos até ao Quénia, em África, durante duas semanas para aprofundar o nosso conhecimento sobre a personalidade e o comportamento animal. Queríamos que cada espécie fosse real, para parecerem autênticos e baseados no seu comportamento natural.”
“Acho que todos ficámos profundamente mudados com a nossa viagem a África”, acrescenta Jared Bush, o co-realizador e um dos argumentistas. “É uma experiência incrível, estar rodeado por milhares de animais. Neste filme, queremos dar a sensação de densidade, o que dá imenso trabalho. Regressámos daquela viagem com uma grande vontade de fazer tudo bem.”
Na versão original, “Zootrópolis” apresenta uma lista notável de vozes talentosas para ajudarem a dar vida à metrópole mamífera, como é o caso de Ginnifer Goodwin (da série da ABC “Era Uma Vez” ou dos filmes “Um Homem de Sonho” e “Walk the Line”) como a nova polícia coelho, Judy Hopps. “Ginnifer tem uma natureza tão doce”, diz Rich. “Mas é tenaz, assim como Judy e também tem um grande sentido cómico. Sabe como interpretar uma personagem de uma forma engraçada. Percebe em concreto o que torna Judy engraçada.”
Jason Bateman (“Chefes Intragáveis 2”, “Sete Dias Sem Fim”) dá voz à raposa matreira, Nick Wilde. “Nick não é exatamente um bom rapaz”, diz Jared. “Mas Jason Bateman de certa forma faz com que seja agradável, atraente e estranhamente encantador. Nick é sarcástico e hilariante ao jeito de Jason Bateman.”
Também no elenco de vozes está Shakira, interpretando Gazelle, a maior estrela pop internacional de Zootrópolis, Idris Elba (da série Netflix, “Beasts of No Nation”, da série da BBC, “Luther”) como o búfalo Chefe Bogo, o chefe de Judy que não faz sentido, J.K. Simmons (“Juno” e vencedor de um ÓSCAR® por “Whiplash – Nos Limites”) como Presidente Lionheart, Nate Torrance (da série da HBO, “Hello Ladies”, da série da Fox “Weird Loners”) como a encantadora chita Clawhauser, Jenny Slate (“Obvious Child”, “Marcel the Shell”) como Ovina, a Assistente do Presidente, Tommy Chong (“E Tudo o Fumo Levou”, “Que Loucura de Família”) como Yax the Yak, Octavia Spencer (“Insurgente”, vencedora de um ÓSCAR® por “As Serviçais”) como a perturbada Sra. Lontra e Bonnie Hunt (“Regressa Para Mim”, “Jerry Maguire”) e Don Lake (“Doidos à Solta, de Novo”, “The Bonnie Hunt Show”) como os ansiosos mas compreensivos, pais de Judy.
“Sentimo-nos sortudos por termos este calibre de talentos – todos abraçaram com amor e humor esta história de uma forma que acho que não me lembro de alguma vez ter visto”, diz Clark. “Acho que temos algo especial a acontecer e isso é fascinante.”
O filme da Walt Disney Animation Studios, “Zootrópolis” é realizado por Byron Howard (“Entrelaçados”, “Bolt”) e Rich Moore (“Força Ralph”, “Os Simpsons”) e produzido por Clark Spencer (“Força Ralph”, “Lilo& Stitch”). Jared Bush (“Penn Zero: Part-Time Hero”) é o co-realizador e um dos argumentistas. John Lasseter é o produtor executivo.
“Zootrópolis” estreia a 25 de fevereiro de 2016.
UMA GRANDE IDEIA
Os Realizadores Equilibraram um Tema Complexo com Autenticidade, Diversão e Aventura
Fazer pesquisa é a base para todos os filmes da Walt Disney Animation Studios — e é algo que o produtor executivo John Lasseter acredita ser um requisito para se criar uma boa história. Por isso, quando os realizadores de “Zootrópolis” decidiram criar um mundo só animal, foram para a selva – literalmente – fazer a pesquisa “Fizemos durante cerca de 18 meses uma investigação profunda sobre animais”, diz o realizador Byron Howard. “Estudamos como interagem na natureza, como socializam e como é que as comunidades são construídas no mundo natural.”
Descobrimos que a maioria dos animais – 90 por cento – são presas”, continua Byron. “Apenas 10 por cento são predadores. Enquanto sempre se assumiu que os predadores são quem governa o mundo animal, a verdade é que estão em minoria. Falámos com antropólogos e sociólogos e olhámos para trás na história humana – sempre que temos uma maioria ou uma minoria, os problemas sociais surgem. Aprendemos e observámos que os animais de todas as espécies tendem a permanecer com os animais que são parecidos consigo; encontram refúgio e proteção dentro dos seus grupos individuais e tendem a evitar animais que são diferentes.”
Desta forma, a pesquisa encaminhou os realizadores até uma história que lida com os estereótipos e preconceitos. “Propusemo-nos a fazer um filme animal engraçado”, diz Byron. “Mas quanto mais pesquisávamos, mais víamos uma oportunidade de falar sobre algo importante – continuando a ter uma grande diversão com o mundo, com as personagens e com a história.”
Segundo o realizador Rich Moore, a chave era encontrar o equilíbrio certo. “Trabalhámos muito para encontrar o ponto certo – contando uma história que entretenha, com coração e que conte alguma coisa significativa.”
“Falámos com Shakti Butler, um perito incrível em preconceito”, acrescenta o produtor Clark Spencer, “que disse que é difícil estar tendencialmente contra alguém quando se conhece a pessoa. Essa ideia fundamental é refutada na nossa história, entre um coelho e uma raposa, inimigos naturais, ambos com ideias predefinidas um sobre o outro, mas que aprendem que estão completamente errados, uma vez que são obrigados a formar uma equipa.”
UM GRANDE PASSO
Desde que era pequena, Judy Hopps desejava ser polícia. As probabilidades estavam contra ela, porque nenhum coelho se tinha alguma vez juntado ao Departamento Policial de Zootrópolis – ou sequer se tinha atrevido a tentar. Os polícias em Zootrópolis são todos animais grandes, como rinocerontes, elefantes e hipopótamos. Mas isso não a impediu. “Ela tem um grande sentido de justiça”, diz Rich. “Faz frente aos rapazes, não gosta de valentões e leva a sério o lema da cidade: Em Zootrópolis, todos podem ser o que quiserem.”
No entanto, não vai ser uma tarefa fácil. Judy não foi feita para ser polícia, ou pelo menos é isso que toda a gente acha. Mas quando se apercebe que por ser um coelho, tem certas habilidades que lhe permitem ter sucesso, consegue evoluir com treino e acaba por se formar como a melhor da turma. “Por causa do seu desempenho”, diz Byron, “O Presidente Lionheart reconhece o seu valor, dando-lhe a hipótese de ser colocada como cadete na Esquadra 1, na Zootrópolis Central, que é a mais difícil e a mais importante na cidade.”
Mas o superior de Judy, o Chefe Bogo, um búfalo disparatado, não fica impressionado com o seu record na escola. Não quer uma coelha na sua equipa. Então, em vez de lhe dar um alto cargo, Bogo coloca-a a verificar os estacionamentos. “Mas ela decide ser a melhor funcionária de sempre”, diz Byron. “Ao tirar partido da sua audição incrível, emite 200 bilhetes de estacionamento antes do meio-dia, no seu primeiro dia.”
Assim que Judy se começa a sentir bem no trabalho que lhe foi dado, encontra uma raposa suspeita, Nick Wilde. Os pais de Judy sempre lhe disseram que as raposas eram dissimuladas e em quem não se podia confiar e Nick parece-se com o estereótipo. “Ele viveu na cidade a sua vida toda”, diz Rich. “Nick acredita que se é aquilo que se é – não há como lutar contra isso. Se toda a gente acha que ele é um vigarista, então vai ser o melhor vigarista que conseguir. E tanto quanto Nick sabe, Judy não passa de uma coelha do campo e não tem medo de lhe dizer que o seu sonho de ser uma policia a sério, nunca vai acontecer.”
No entanto, Judy tem a sua grande oportunidade, quando o Chefe Bogo é obrigado a dar-lhe um caso. “Alguns mamíferos desapareceram”, diz Jared Bush que é o co-realizador e um dos argumentistas. “Um deles é o Sr. Lontra e a sua mulher, a Sra. Lontra, está desesperada para o encontrar. Mas como existem vários outros mamíferos desaparecidos, o Chefe Bogo não está a dar a atenção que ela desejava ao caso. Então Judy voluntaria-se para ajudar.”
Apesar do seu bom senso, Bogo permite a Judy trabalhar no caso, mas faz um acordo com ela: tem 48 horas para resolver o caso ou demite-se da polícia. E é exatamente isso que o Chefe Bogo está à espera que aconteça. Judy aceita o desafio e parte para a ação, ansiosa para deixar a sua marca, até que descobre a sua primeira pista. “Em algum momento antes de desaparecer, o Sr. Lontra esteve em contato com Nick Wilde”, diz Jared. “Essa é a sua única pista. Então tem de conseguir enganar o vigarista Nick de forma a que a ajude, sendo este o mote para o arranque desta viagem louca com os dois, que são o oposto um do outro, mas estão a tentar trabalhar juntos, ou não.”
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Texto da Disney Portugal
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Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.