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BD: Crítica – Tony Chu: Detective Canibal, vol. 1 “Ao gosto do freguês”

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É num mundo onde 116 milhões de pessoas morreram (com aquilo que o governo americano apelidou de “gripe das aves”) que Tony Chu vive. Mas o insólito não acaba aqui. Chu é cibopático, ou seja, obtém informações psíquicas quando come coisas ou… pessoas. [fbshare]

Chew É, por isso, um polícia muito peculiar, que acaba, logo no final do primeiro capítulo, por juntar-se à F.D.A. (U.S. Food and Drug Administration).

Não querendo estar aqui a fazer “spoilers”, o que é que podemos retirar deste primeiro volume lançado muito recentemente em Portugal pela G-Floy Studio?

Este álbum caracteriza-se especialmente por ter acontecimentos insólitos e hilariantes, onde se misturam os géneros de policial, horror e acção – tudo muito bem temperado com humor negro. Na parte humorística, é claro que contribui a arte algo “cartoony” de Rob Guillory, que não deixa a história tornar-se demasiado pesada. Se esta história fosse desenhada por um Sean Phillips ou um Michael Lark, veríamos tudo de uma perspectiva diferente. Logo, o contributo que Guillory dá ao argumento de John Laymen é fundamental para marcar o “tom” do livro.

chew 1 (005-026) Chew 1 VFhigh_Pagina_18Layman opta por escrever 5 pequenas histórias dentro de uma maior (chamemos-lhe “cronologia”). Achei este factor, cada vez menos utilizado na banda desenhada vinda dos Estados Unidos, um dos pontos positivos. Há obviamente uma história em andamento que liga todos os 5 capítulos e que os transportará para os seguintes. Convém não esquecer que é essa uma imagem de marca das séries “ongoing”.
O criador já afirmou, em entrevistas, que no fim todas as personagens morrerão, excepto uma, e que a série há-de acabar por volta do número #60 (o que daria, sensivelmente 12 volumes de 5 capítulos). Não sei se ele fez bem ao revelar isto – será que as pessoas vão ter vontade de continuar a ler sabendo que todos morrem (menos um)? Bom, resultou com “Rising Stars” de J. Michael Straczynski.

chew 1 (005-026) Chew 1 VFhigh_Pagina_22A balonagem original não é das melhores. Alguns balões não estão posicionados nos locais ideais, mas o que mais salta à vista são as caudas demasiado grossas, desequilibrando, um pouco, o layout das páginas. Na tradução e legendagem portuguesa nada há a apontar (isso quer dizer que fizeram um bom trabalho, caros amigos).

A contra-capa gaba-se dos mais variados prémios que a série ganhou. Se julgo que merecia aquilo tudo? Na minha opinião: não. “Chew” (no original) é realmente bem divertido, mas todos aqueles atributos são, quanto a mim, exagerados.

Por fim, de referir o bom papel, a capa dura – e tudo isto “embrulhado” num preço muito em conta – tornam “Tony Chu Detective Canibal vol. 1 – Ao Gosto do Freguês” um álbum de BD a não perder por todos aqueles que gostam de se divertir com situações… digamos… um pouco fora do normal.

Nota: 7,5/10

Hugo Jesus

 

 

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