Jogos: Darksiders II: Deathinitve Edition (PlayStation 5) – Análise
Lançado na PS5, Darksiders II: Deathinitive Edition traz o remaster de 2015 do jogo original de 2012 para o hardware mais recente.
Jogo: Darksiders II: Deathinitive Edition
Disponível para: PlayStation 5, Xbox Series
Plataforma testada: PlayStation 5
Editora: THQ Nordic
Darksiders II foi originalmente lançado em 2012 com grandes expectativas, especialmente após o sucesso do primeiro Darksiders, que seguia War, um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. A sequela foca-se em Death, outro Cavaleiro, que embarca numa jornada para redimir o nome do irmão, depois de War ser culpado por trazer o apocalipse prematuramente. Enquanto a missão de War era direta, a história de Death é mais complexa, abordando temas de redenção, sacrifício e o equilíbrio entre a vida e a morte.
A Deathinitive Edition, lançada em 2015 para várias plataformas, remasterizou o jogo com melhorias de iluminação, texturas e ajustes no equilíbrio. A versão para PS5 de Darksiders II: Deathinitive Edition pretende refinar ainda mais esta experiência, aproveitando ao máximo o novo hardware.
Uma das maiores melhorias na versão PS5 é o desempenho. O jogo agora corre a 60 frames por segundo, uma melhoria significativa face à versão original, que sofria de quebras de frames e problemas de fluidez. Os tempos de carregamento mais rápidos, graças ao SSD da PS5, melhoram a experiência, tornando as frequentes transições entre as vastas e interconectadas áreas do jogo muito mais suaves.
Visualmente, o jogo nunca esteve tão bonito. A Deathinitive Edition já tinha melhorado as texturas e a iluminação, mas as capacidades 4K e o suporte HDR da PS5 trazem o mundo de Darksiders II à vida com detalhes sem precedentes. Os ambientes—desde os desertos desolados das Dead Plains até às paisagens vibrantes dos Forge Lands—ganham cor e profundidade. A armadura de Death brilha ao sol, e as sombras que caem sobre as masmorras são mais sinistras do que nunca.
Embora a melhoria visual seja impressionante, é importante notar que o jogo ainda se baseia num design da geração passada. Alguns modelos de personagens e detalhes ambientais, especialmente em áreas menos importantes, mostram a sua idade. Comparado com jogos nativos da PS5, Darksiders II pode parecer desatualizado em certos momentos, embora o estilo artístico único ainda jogue a seu favor.
Darksiders II é uma mistura de vários géneros, e a sua jogabilidade continua a ser o seu ponto mais forte. O combate central é rápido e fluido, aproximando-se mais do estilo de Devil May Cry ou Bayonetta do que do seu antecessor. As duas foices de Death permitem batalhas dinâmicas, com combos intensos, e o jogo oferece uma grande variedade de armas e armaduras que permitem adaptar o teu estilo de jogo. Seja focado na velocidade e agilidade, ou na força bruta, o sistema de combate oferece uma profundidade satisfatória.
Além do combate, os elementos de plataforma e resolução de puzzles fazem lembrar The Legend of Zelda. Explorar masmorras, resolver puzzles intrincados e desbloquear segredos usando as habilidades únicas de Death—como correr pelas paredes e dividir a alma—dão ao jogo uma sensação de variedade que o impede de se tornar repetitivo.
Na PS5, o feedback háptico do comando DualSense é subtil, mas eficaz. As vibrações durante o combate e as secções de plataforma adicionam uma camada de imersão, embora não tirem pleno proveito dos gatilhos adaptativos ou de outras funcionalidades mais avançadas do comando, o que é uma oportunidade perdida.
A construção do mundo de Darksiders II é grandiosa em escala, e o jogo introduz os jogadores a uma variedade de reinos visualmente distintos, povoados por criaturas que vão desde enormes construtos até mortos-vivos grotescos. Embora o jogo seja ambicioso em termos de dimensão, a sua estrutura de mundo aberto por vezes leva a problemas de ritmo. Algumas áreas parecem desnecessariamente grandes, e o jogo pode ocasionalmente perder o seu ímpeto ao obrigar os jogadores a retroceder através de vastas paisagens vazias.
A banda sonora atmosférica do jogo continua a ser um dos destaques. A mistura de melodias assombrosas com música de combate intensa cria uma camada emocional que complementa os temas mais sombrios do jogo. Na PS5, o hardware de áudio melhorado torna o design sonoro ainda mais imersivo, com uma separação mais clara dos efeitos e sons ambientais.
Darksiders II: Deathinitive Edition na PS5 oferece um pacote apelativo tanto para novos jogadores como para os que regressam. O desempenho melhorado, os visuais aprimorados e os tempos de carregamento rápidos fazem desta a forma definitiva de experienciar a jornada de Death. A jogabilidade central—especialmente o combate e o design das masmorras—ainda se mantém sólida, oferecendo uma mistura de ação rápida e puzzles desafiantes que agradarão aos fãs de hack-and-slash e jogos de aventura. No entanto, a idade do jogo é visível, especialmente no design do mundo e em alguns modelos de personagens.
Nota: 8/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.