Análise Jogos: Shadow of the Ninja – Reborn
Shadow of the Ninja – Reborn é um remake do clássico jogo de ação lançado originalmente para NES. Nesta onda de revivalismo sem procedentes, será que vale pena?
Jogo: Shadow of the Ninja – Reborn
Disponível para: Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox Series S & X, e PC Steam,
Plataforma testada: Playstation 4
Estúdio: Tengo Project e Natsume
Editora: ININ Games
Shadow of the Ninja – Reborn
Como todos os remakes bem feitos, o jogo preserva a essência do título original de 1990, oferecendo uma experiência desafiadora e nostálgica. No entanto, ele também introduz melhorias visuais e mecânicas modernas para se adequar ao público contemporâneo, mantendo aquele envolvência retro para os fãs do estilo
Estilo de Jogo e Dificuldade
O jogo mantém a estrutura de um sidescroller 2D de ação, onde podemos controlar os nossos ninjas em missões perigosas através de plataformas cheias de armadilhas. Há duas personagens à escolha, podendo também optar por jogar em modo cooperativo local, com cada jogador com a sua. A dificuldade alta é uma particularidade central, tão característica da época dos jogos NES, mas elevando-a a patamares superiores relativamente ao jogo original (O boss final da fase 2 é totalmente insano)
Temos a característica de ter apenas uma barra de vida única, por isso temos de progredir de forma habilidosa e cautelosa, para tentar compreender quais as mecânicas e padrões de cada fase, o que nos obriga a estratégia e reflexos rápidos. Mas a sua extrema dificuldade acaba por ser mitigada por haver vários checkpoints onde podemos recomeçar o jogo, seja logo após ter morrido, como num outro dia qualquer. Há ainda há vários power-ups que nos fazem recuperar energia.
Este “Reborn” traz várias novidades relativamente ao clássico: Uma delas já falei que é a opção multijogador. Outra é a a introdução de um novo e inédito nível. Se no original tínhamos 5 fases, agora são 6 para alegria dos jogadores mais veteranos! Temos também a ampliação do arsenal de armas, como shuriken, bombas e caltrops, além da clássica espada ninja. Tudo isto adiciona variedade à jogabilidade. Infelizmente o seu método de alternar entre cada arma é antiquado e completamente desapropriado para um jogo rápido como este, tirando assim um pouco a “pica” quando o temos de o fazer.
Visuais e Banda Sonora
Visualmente, Shadow of the Ninja – Reborn e deslumbrante e apresenta gráficos 16-bit modernos, que foram atualizados em relação ao estilo 8-bit original. Para os puristas pode ser uma afronta, mas na minha opinião ainda bem que o fizeram. A arte não só ficou mais refinada como os elementos mais vincados de ficção cientifica e cyberpunk caíram que nem uma luva.
A banda sonora foi outro ponto de destaque, com composições modernas baseadas nas antigas, por Hiroyuki Iwatsuki e Iku Mizutani, os próprios músicos originais, trazendo riffs de guitarra eletrizantes e melodias aceleradas que remetem ao espírito dos anos 90.
Por isso a combinação de música e gráficos oferece uma experiência nostálgica, mas com um toque moderno.
Mecânicas e Desafios
Os jogadores terão à disposição uma variedade de armas e habilidades ninjas (e não só), e a mobilidade no jogo é um ponto alto. Além dos ataques tradicionais, o jogo inclui mecânicas como pendurar-se em paredes, trepar paredes e realizar ataques com ninjutsu. Esses elementos mantêm o combate dinâmico. No entanto os controlos são um pouco rígidos, pelo menos na versão testada em Playstation 4. É com grande dificuldade que se faz ataques na diagonal (para cima e para o lado em simultâneo), e tanta falta isso faz.
Os bosses finais e intermediários são qualquer coisa fenomenais, (tentem comparar com os originais no Youtube) mas podem se tornar desesperantes antes de descobrirmos qual a forma de os derrotar (por momentos pensei que era impossível derrotar o segundo).
Veredito Final
Shadow of the Ninja – Reborn é um jogo que agradará principalmente aos fãs de jogos retro e entusiastas de plataformas desafiadoras. A sua dificuldade, controles e visuais atualizados criam uma experiência fiel ao original, mas moderna o suficiente para se destacar em 2024. No entanto, e apesar de ser um jogo curto, só com mesmo muita tentativa e erro e que vamos conseguindo avançar no jogo, e quem não gosta disso, poderá afastar-se deste jogo.
Classificação: 7/10
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Co-criador e administrador do Central Comics desde 2001. É também legendador e paginador de banda desenhada, e ocasionalmente argumentista.