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Zero Sievert: melhorias potencialmente tóxicas

Zero Sievert
Zero Sievert

O Central Comics aventurou-se no mundo pós-apocalíptico de Zero Sievert, um extraction shooter carregado de ação.

Sinopse de Zero Sievert

Explora o que resta de um mundo devastado por uma guerra nuclear e enfrenta duras probabilidades em busca de recompensas e reputação em mapas gerados procedimentalmente, onde sobreviver é apenas uma das tuas preocupações.

Zero Sievert é um extraction shooter top-down desenvolvido pela CABO Studio e distribuído pela Modern Wolf.

Mundo pós-apocalíptico.

Análise TLDR de Zero Sievert

Se já ouviram falar em Escape from Tarkov, adoram o conceito e, tal como eu, não estão dispostos a trocar um rim para ter acesso a esse título, vão adorar Zero Sievert. O jogo é divertido, o loop é superviciante e as escolhas artísticas resultam muito bem.

Contudo, por muito que tenha gostado do jogo (e gostei muito), existem problemas graves a serem corrigidos, especialmente em relação a uma das recentes atualizações, que além de novos conteúdos, trouxe bugs catastróficos que ainda estão a ser corrigidos.

Ação intensa.

História de Zero Sievert

A história de Zero Sievert decorre no Leste da Europa, onde um conflito nuclear arrasou a civilização e existem apenas algumas fações que detêm o controlo. Começamos na base de uma dessas fações, de onde partimos para várias zonas para as explorar livremente ou para cumprir missões que nos são dadas pelos residentes da base.

À medida que vamos progredindo, vamos conhecendo novos e peculiares personagens que nos ajudam a desvendar um pouco do mistério sobre o que aconteceu realmente.

Extraction shooter puro e duro.

Jogabilidade de Zero Sievert

Zero Sievert é um extraction shooter puro e duro, no sentido em que é totalmente fiel ao loop característico do género, além de que pode e deve ser incrivelmente desafiante e frustrante.

Existem vários inícios pré-definidos, mas no essencial, começamos o jogo com algum equipamento limitado e podemos, ou não, falar com o barman da base para conseguir a nossa primeira missão. A partir daqui, saímos sempre que quisermos para o mundo exterior, onde existe muito saque à nossa espera, mas também perigos enormes que incluem tudo desde vida selvagem e bandidos até mutantes e fenómenos paranormais.

Com vista top-down, existem vários tipos de mapa gerados procedimentalmente a explorar, com dificuldades progressivas que afetam a qualidade dos inimigos e o nível de radioatividade, em que precisamos de encontrar/comprar equipamento especial para aceder a certas áreas.

Os combates são simplistas, mas satisfatórios e desafiantes. De facto, parece-me que a popularidade recente do próprio género se deve precisamente ao equilíbrio entre a dificuldade que apresenta na jogabilidade — em que podemos perder tudo de um momento para o outro — com a recompensa que oferece na vitória — quando completamos um mapa com inventário cheio e sem morrer, a sensação é fenomenal.

Outro dos aspetos de destaque de Zero Sievert é a diversidade de modos disponíveis para as nossas armas, sendo que cada pessoa pode alterar e personalizar as armas da forma que entender para que melhor se adequem ao seu estilo de jogo.

Gestão de inventário e modos para armas.

Gráficos e som de Zero Sievert

Não terá sido nos gráficos que a equipa de desenvolvimento de Zero Sievert fez o maior investimento. Contudo, o estilo pixelizado sem grande definição foi muito bem executado e, diria até, ajuda na imersão, já que vemos e entendemos os sprites que temos pela frente, mas somos obrigados a puxar pela imaginação para os complementar.

Relativamente aos efeitos sonoros, o nível aumenta bastante, com as armas a transmitirem uma sensação de robustez e com o som ambiente a criar uma atmosfera realista de um mundo pós-apocalíptico.

Definição suficiente para imaginarmos a brutalidade do que está a acontecer.

Postas de pescada e um par de botas

A minha experiência geral com Zero Sievert foi muito positiva. Não fossem os bugs com que me deparei e ainda agora estava a jogar. Da mesma forma que se fosse a uma pizaria comer a melhor piza que alguma vez experimentei, para, na última dentada, reparar que o pizeiro faz a massa enquanto tira macacos do nariz, também neste título estou disposto a dar mais uma oportunidade — no caso do jogo, têm de corrigir os bugs o mais depressa possível, no caso da pizaria, tem de mudar de pizeiro… ou cortar-lhe as mãos!

As boas notícias é que, desde a malfadada versão 0.41, já saíram alguns patches a corrigir parte dos problemas e a equipa de desenvolvimento não se vai ficar por aqui.

+++

Jogabilidade, loop e dificuldade vs. recompensa.

Bugs.

Fenómenos paranormais ou bugs?

Classificação: 7,5/10

Recomendo Zero Sievert sem hesitação, mas com o devido aviso de que se têm de preparar para ter paciência, quer para a frustração inerente ao jogo (ou seja, vão fartar-se de perder), quer para os bugs que vão encontrar. Talvez não seja má ideia esperar um bocadinho, talvez até por uma pequena promoção.

Zero Sievert está disponível no Steam por 19,99 €.

Para terminar, fica a dica indispensável: quanto mais gulosos forem, mais balázios no rabo vão levar.

Plataforma testada: PC

#zerosievert

Trailer de Zero Sievert:

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