Cinema: No Way Up – Sem Saída – Crítica
No Way Up – Sem Saída chega aos cinemas com uma proposta curiosa. Mas será que se vai manter à tona ou afoga-se?
Filmes com tubarões já saíram imensos é verdade. Desde o clássico Tubarão ao fraquinho Meg 2, existem imensos filmes que tentar fazer com que estes predadores marítimos sejam temidos. No entanto, poucos inovam. No Way Up – Sem Saída tenta fazê-lo, mas acaba por falhar redondamente.
O ponto de partida é interessante, a filha de um governador (Sophie McIntosh) e os seus amigos (Will Attenborough e Jeremias Amoore) são os sobreviventes de um desastre de avião que acaba submerso. Se já não tivessem este problema, ainda tem que, com a ajuda de outros sobreviventes lutar pela vida contra tubarões que habitam naquelas águas. Embora o conceito seja indiscutivelmente atraente, o filme acaba por ter que luta para se manter à tona, muito por conta de uma trama previsível, personagens mal desenvolvidas e uma execução irregular.
O filme começa forte, com uma sequência de queda de avião no melhor estilo a la Destino Final que oferece uma grande dose de adrenalina ao espectador. No entanto, a faísca inicial desaparece à medida que a narrativa se desenrola. As personagens, apesar das performances decentes do elenco, carecem de profundidade e permanecem unidimensionais. As interações parecem forçadas, e falham em construir uma conexão emocional, algo que se torna bastante crucial para uma história de sobrevivência convincente.
Por outro lado, o cenário subaquático é subutilizado. O filme depende fortemente de sustos e CGI genérico para a criação de alguma emoção, em vez de explorar a atmosfera única e o potencial para tensão psicológica. Embora o clímax entre uma das personagens e um tubarão ofereça um certo vislumbre de excitação, não é suficiente para salvar a experiência geral.
No entanto, não posso dizer que o filme é completamente mau. A premissa básica é promissora, e o filme mantém um ritmo bastante interessante. No entanto, para aqueles que procuram uma experiência verdadeiramente imersiva e emocionalmente ressonante, este filme provavelmente os deixará insatisfeitos. Pode ser uma distração aceitável para assistir casualmente, mas está longe de ser imperdível.
Com um enredo cheio de potencial, mas com falhas na execução, No Way Up – Sem Saída afoga-se num mar de mediocridade.
Nota: 4/10
No Way Up – Sem Saída chega aos cinemas portugueses a 7 de Março
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.