Análise: The Last of Us Parte 2 Remastered
“The Last of Us Parte 2 Remastered” chega como o grande trunfo da PlayStation para o início do ano. Mas será a obra-prima que todo mundo espera?
A saga The Last of Us
faz-me uma confusão tremenda, tenho de ser honesto. Nada contra a qualidade dos jogos, porque esse factor ninguém lhes tira. Porém, estamos a falar de uma série que foi lançada originalmente há 10 anos, tem apenas dois jogos e, se formos a ver atentamente três remasterizações/remakes. As minhas contas podem estar erradas, mas aqui há gato.
Não existe mais histórias para serem contadas neste universo?
Quem me ouvir falar assim, deve pensar que eu vou obliterar o segundo capítulo da aventura de Ellie e Joel, quando, na realidade é completamente o contrário. O que viram acima foi uma espécie de desabafo porque quero ver mais histórias do universo e não sempre a mesma coisa.
O jogo
Para aqueles que andaram a viver debaixo de uma pedra nos últimos 4 anos, este jogo é uma continuação quase direta do jogo anterior, onde passaram-se 5 anos dos eventos decorridos. Desta vez, estamos perante uma história de amor e vingança, onde devido a uma situação infeliz, Ellie parte atrás de Abby, a principal vilã do jogo para vingar-se de certos eventos que decorrem no início da narrativa e que estão ligados ao primeiro jogo.
No entanto, não deixa de ser interessante verificar que o facto de podermos controlar as supostas heroínas e vilãs ao longo do jogo, como uma espécie de vermos os dois lados de uma moeda.
Os aspectos técnicos
Em termos de jogabilidade, sinto que não mudou muito comparativamente à versão original. Os momentos de exploração continuam brilhantes e o combate exímio. Realmente, não existe muito para falar aqui. Em termos de gráficos, por outro lado, já é uma conversa diferente. Eu tenho plena noção que The Last of Us Parte 2 foi um dos últimos grandes lançamentos da PlayStation 4 e que já tinha um visual bastante atrativo.
No entanto, jogar na PlayStation 5 é uma experiência completamente diferente. Não digo que é um jogo novo, mas, também consigo verificar os pequenos momentos onde existiram bastantes melhorias perante o jogo original.
A remasterização
Além disso, as grandes vantagens desta remasterização são dois novos modos de jogo, nomeadamente “Os Níveis Perdidos”, que mostram ao jogador 3 locais que estavam em desenvolvimento e depois foram descartados, dando uma sensação de mais conteúdo para o jogo e, a estrela desta edição, o modo “Sem Regresso”. Penso que alguns leitores já sabem que eu não morro de amores por roguelikes, mas neste caso, diverti-me à grande.
Além de podermos experimentar locais do jogo com personagens que não chegaram a visitar tais localizações, agora podemos controlar Dina, Jesse e outras personagens importantes para a trama, tornando assim ainda mais divertido este modo.
Em termos de som, gostava de dar destaque à banda sonora e à dobragem. Continuam impecáveis e fantásticas, sendo possível apreciar cada momento de jogo sem nenhum problema.
Resta concluir que, The Last of Us Parte 2 Remastered adiciona bom conteúdo a um jogo que já era virtualmente perfeito. No entanto, não consigo dar uma nota cheia por ser uma remasterização e sentir que precisamos de novas histórias.
Nota: 9.5/10
The Last of Us Parte 2 Remastered chega a 19 de Janeiro à PlayStation 5
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.