BD: Mini-Críticas – THE UNITED STATES OF MURDER, INC. #1 + Amazing Spider-Man #2 + BLACK DYNAMITE #1
Uma vista de olhos em três comics diferentes: Amazing Spider-Man #2 de Dan Slot e Humberto Ramos, Black Dynamite #1, de Brian Ash Ronald Wimberly, Sal Buscema e ainda The United States of Murder, Inc. #1 de Brian Michael Bendis e Michael Avon Oeming.[fbshare]
THE UNITED STATES OF MURDER, INC. #1
Escrito por: Brian Michael Bendis
Desenhos de: Michael Avon Oeming
Cores: Taki Soma
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- A equipa criativa por detrás de POWERS tem uma nova colaboração
O primeiro comic desta série dá-nos a conhecer a personagem Valentine e uma realidade em que a máfia não desapareceu, em vez disso, governa uma parte dos Estados Unidos da América.
Bendis e Oeming conseguem surpreender com a abordagem a esta primeira revista porque levam o leitor a pensar que este é mais um livro sobre criminosos, felizmente mas as últimas páginas apanham-nos desprevenidos com o rumo que a história toma.
Há elementos nesta primeira revista, que deixam em aberto muitas possibilidades para se contarem boas histórias. Por exemplo: Valentine (que sempre sonhou fazer parte desta sociedade secreta) descobre que existe um plano para destruir esta sociedade e que ele é suposto desempenhar um papel fulcral nesse processo.
O texto de Bendis consegue ser sério e conciso e ao mesmo tempo bem humorado, o que no fundo é uma das principais características deste escritor norte americano e que combina muito bem com o desenho de Oeming, como de resto já se via na série POWERS.
Para alguém que goste de comics americanos e que conheça os outros trabalhos desta equipa criativa, esta nova série parece muito semelhante ao que eles tem vindo a fazer e não há aquele elemento de novidade que poderia agarrar mais o leitor e convence-lo que esta revista deve estar no top de melhores livros do mês.
Escrito por: Dan Slott
Desenhado por: Humberto Ramos
Cores: Victor Olazaba
Os comics do Homem-Aranha são sempre frenéticos, com um ritmo rápido e vários episódios com diferentes personagens. Nem sempre se percebe a ligação entre os diferentes momentos de uma revista em particular, mas lendo o arco completo fazem sempre muito sentido e acabam por enriquecer a história e torná-la mais complexa.
Este é um dos pontos mais interessantes do trabalho que Dan Slott tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos. Obviamente que outros escritores fazem o mesmo, mas acho importante louvar a mestria de Dan Slott, até porque foi muito criticado pelas suas mais recentes mudanças ao universo deste aracnideo.
Este Amazing Spider-Man #2 não tem uma narração diferente dos outros comics, mas tem um desenhador que não terá sido a melhor escolha para o que esta revista precisava.
Já sabemos que Peter Parker está de volta. O Homen-Aranha já não é o Dr. Otto Gunther Octavius e há muitas explicações a dar a todas as outras personagens. Nesta revista, o Peter tem que explicar a situação da troca de mentes pelo menos 3 vezes.
As primeiras páginas desta revista, são a continuação directa da revista anterior e o Peter tem precisamente que explicar à Anna Maria Marconi (namorada do Dock Ock) o que aconteceu e é nesta cena que a escolha do artista mais parece errada.
Ora, temos o Peter a explicar à Maria que a pessoa por quem ela se apaixonou está morta!
É suposto haver alguma emoção em ambas as personagens, certo?
Nesta cena (como noutras) o texto do Dan Slott é muito racional e directo, mas para mim o mais negativo, foi a má representação gráfica de ambas as personagens, que faz com toda a cena seja bem menos comovente do que deveria ser.
- Os desenhos do Humberto Ramos são demasiado estáticos e as faces das personagens tem a expressão errada para este contexto.
Supostamente a Anna Maria devia estar devastada com a revelação e o Peter devia sentir alguma empatia pelo sentimento desta mulher, mas não foi nada disso que eu senti ao ler estas páginas.
No resto da revista, também se nota que alguns painéis tem demasiados elementos que tornam a acção pouco clara, principalmente nas páginas em que o Homem-Aranha luta com o Electro, mas não é nada quer influencie negativamente a história e em certa medida é compreensível.
Escrito por: Brian Ash
Desenhos de: Ronald Wimberly, Sal Buscema
Cores: J.M. Ringuet
A história das revistas BLACK DYNAMITE #1 e # 2 nao prima pelo seu argumento elaborado ou rebuscado cheio de nuances e subtilezas. Há momentos em que pensamos estar a ver uma cena do filme Commando ou de outro filme de série B, mas sabe tão bem que não podemos deixar de ler.
Não vou dizer mais nada.
Levanta-te dessa cadeira e vai à tua loja de banda desenhada comprar o #1 e #2! 🙂
E tu já leste alguma destas revistas? Ou pensas em ler algumas delas?
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Nelson Vidal
Dário é um fã de cultura pop em geral mas de banda desenhada e cinema em particular. Orgulha-se de não se ter rendido (ainda) às redes sociais.