Jogos – Wo Long: Fallen Dynasty – Análise

Wo Long: Fallen Dynasty chega às consolas e ao PC para competir com nomes de peso como Elden Ring. Será que tem capacidade suficiente para tal?

Desde 2009, mais ou menos, temos visto um surgimento de um novo género de jogo nas mais variadas plataformas, o género Souls-like. Popularizado pela série Dark Souls e pela From Software tornou-se um dos géneros mais jogados pelos jogadores que procuram um grande desafio. É nesse género que Wo Long: Fallen Dynasty encontra-se.

A verdade é que a Team NINJA já tinha mostrado as caras neste género com a série Nioh, mas, Wo Long: Fallen Dynasty transporta-nos para uma nova realidade, nomeadamente, a China durante a Dinastia Han. A dinastia está prestes a colapsar e na terra reina o caos e é para este mesmo lugar que somos transportados. Na realidade, somos um Wo Long, um herói desconhecido com poderes escondidos e é aqui contada a nossa história, como passamos a ser um protagonista deste fim de dinastia. Começa aqui uma história cheia de reviravoltas e que pode tornar-se bastante complexa para avançar.

Em termos de jogabilidade, tal como já descrevi acima, é um jogo bastante difícil. Não é tão difícil como Nioh, ou se quisermos ser saudosistas, Ninja Gaiden mas, ao mesmo tempo, é uma aprendizagem que pode demorar demasiado tempo. Durante a primeira fase do jogo, que deveria ser um tutorial que nos iria auxiliar e aligeirar as coisas, acabei por morrer demasiadas vezes e só a completar passado mais ou menos 1 hora. No entanto, é aqui também descobrimos uma das melhores características da jogabilidade, a Classificação de Moral. No fundo, funciona como uma espécie de nível que aumenta o nosso poder em termos de magia, já que também é possível utilizar ataques elementares, como fogo. Em termos de armas, a seleção do jogo é interessante. Nunca fiquei tão entusiasmado por poder utilizar duas espadas para derrotar os nossos inimigos.

Porém, senti que nessa mesma jogabilidade, o comando também ficava um pouco pesado, por vezes tentava executar um ataque ou outro e não saia o controlo necessário, o que poderia significar que a qualquer momento iria perder a vida. Destaco também a mecânica de vingança obtida, que aparece cada vez que derrotamos um inimigo que nos matou na nossa jogada anterior, servindo assim para termos uma espécie de sensação de que fechamos uma porta.

Em termos gráficos, é um jogo bastante negro, mas que, ao mesmo tempo é bonito de se ver. Sim, estamos numa guerra e num mundo rodeado de chamas e caos, mas podermos aproveitar para observar algumas paisagens nuns momentos em que paramos para respirar um pouco depois de tanta ação é algo reconfortante. Além disso, o desenho das personagens e dos inimigos, incluindo as bestas que vamos encontrando no nosso caminho, são bastante bem conseguidos levando assim a que o jogador possa sentir um pouco de pena quando elimina alguma personagem de quem gostou o design. Porém, existe algo que me fez um pouco de confusão, nomeadamente, o facto de o jogo ser tão negro e tão adulta, mas, ao mesmo tempo, a violência não ser muito extrema. Estava à espera de um jogo muito mais violento do que realmente o é.

Por fim, gostava de concluir que Wo Long: Fallen Dynasty é um jogo incrível por parte da Team NINJA. Preparem-se para bastantes horas de jogo, caso sejam como eu e demorem um pouco a aprender os controlos do jogo, ou, se forem fãs de Souls-like e tiverem uma pontinha de gosto por masoquismo, está aqui o jogo ideal para vocês. Acaba por ser uma melhoria perante Nioh, mesmo que seja num ambiente diferente e, ao mesmo tempo, o que poderá ser o começo de uma nova saga por parte da Team NINJA e da Koei Tecmo.

Nota Final: 8/10