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5 Shoot ’em Ups para jogar em Agosto

Testámos 5 shoot ’em ups para aquecer ainda mais o mês de Agosto: A coleção Ray Z Arcade Chronology (Rayforce, Raystorm, Raycrisis) e ainda Hyper-5 e Laserpitium.

Comecemos com um 3 em 1. São 3 jogos Taito diferentes, numa adaptação das arcadas dos anos 90, aos tempos de hoje, agrupados num só pacote.

Ray Z Arcade Chronology

Ray Z Arcade Chronology

Rayforce

O primeiro, Rayforce, saiu em 1993. E se o nome não te diz nada, talvez possas conhecer por Gunlock, que é como ficou conhecido na europa. Este é dos três, o mais tradicional por assim dizer, com a sua vista aérea e ecrã vertical. Apesar disso, todos os fundos são riquíssimos e têm a sua tridimensionalidade. A nave tem uma mira à sua frente, que bloqueia os inimigos que não estejam no mesmo plano, e temos um segundo botão para enviar os misseis teleguiados.

Vai aparecendo os habituais power-ups durante a partida, mas este jogo só tem estes dois disparos, sem haver a opção de um ataque especial.

Tem algumas transições bem loucas com os gráficos 3D a bombar, mas tirando isso e a ideia da mira para os misseis, pouco mais há de grande novidade a comparar com tantos outros jogos do género. Aliás, parecem-me que os gráficos para o ano que o jogo é, já estavam um pouco ultrapassados. Prova disso são as suas sequelas que ainda são todos da mesma década de 90. Mas aos dias de hoje, como jogo retro que é, não é assim tão importante.

O nível de dificuldade é elevadíssimo e recomenda-se (como nos outros jogos da série) que seja jogado a dois, pois o jogo não se torna mais difícil assim – Temos a mesma quantidade de inimigos e de disparos, seja a um ou a dois jogadores.

A duração do jogo é curta e tem um boss final que é um completo “papa-moedas” de tão absurdamente difícil em passa-lo. Mas não te preocupes, pois podemos estar sempre a alimentar a “máquina” com créditos, com um simples carregar num botão.

Classificação: 6.5

Passemos para o segundo jogo:

Raystorm

Aqui entramos noutro nível, em 1996 a produtora usa a sua nova placa 3D, a Taito FX-1B para o deleite de todos os jogadores da época. Nesta versão de 2023, temos a hipótese de jogar com os gráficos originais, ou melhorados numa espécie de “HD” (embora não seja bem assim). Para mim, os gráficos originais estão mais por curiosidade porque, com as TV planas LED HD de hoje em dia, os pixeis grandes já não funcionam tão bem, e quanto mais polida a imagem estiver melhor.

Ora aqui continuamos com o estilo de jogabilidade vertical, mas temos uma muito maior área de jogo (para uma TV 16:9)- No entanto o ponto de vista muda para um plano picado (inclinado) e totalmente tridimensional.

Falei que era um deleite para os jogadores da época, mas mesmo para mim agora e com umas dezenas de Shoot ‘em ups em cima, fiquei maravilhado com a original do ponto de vista e visualização em 3D com fundos riquíssimos e transições e animações de tirar o fôlego que nos deixam completamente imersivos.

Continuamos com a característica da mira mas desta vez permite-nos escolher a opção de disparo automático. Ou seja, quando um inimigo é bloqueado o missil é disparado automaticamente. Se por um lado perdemos na emoção e satisfação de controlo total, por outro faz-nos descansar o dedo, e confiem, fiquei bem cansado com Rayforce. Mas podes sempre escolher a versão manual. 

Além dessa opção de escolha temos também a possibilidade de decidir se queremos uma nave com os tradicionais disparos intermitentes ou uma com um laser continuo (e raios em vez de mísseis).

Falta dizer que temos um disparo adicional, o tal ataque especial para ajudar em alturas mais complicadas, que só podemos usar de vez em quando, quando a barra de energia estiver no máximo.

Classificação: 8.5/10

Raycrisis

O último jogo da trilogia data de 1998 e usa o sistema G-NET. É o mais longo dos jogos com os seus 42 mapas e 3 finais diferentes.

Continuamos a ter a escolha de poder jogar com os graficos da altura, ou mais refinados.

O ponto de vista 3D é semelhante ao anterior jogo assim como a possibilidade de escolher duas naves diferentes, mas o gameplay começa com um festival de cores psicadélicas, para mostrar que estamos num jogo completamente diferente do anterior.

A opção automática dos disparos dos misseis teleguiados desaparece e temos de novo de dar uso ao nosso dedo para disparar como um louco nos inimigos bloqueados. Cuidado com as caibras! 

De resto, o jogo desenrola-se como o seu antecessor, sem grandes diferenças a nível de jogabilidade, apenas com novos gráficos, cenários e inimigos.

O destaque vai para o estonteante e constante movimento de câmara, que nos permite ter uma imersibilidade que nunca tinha experimentando num Shmup. E isso o faz elevar perante os anteriores:

Classificação: 8.5/10

Saiu nas plataformas: Playstation e Nintendo Switch por €49,99

Nota final: É pena não terem também melhorado a imagem de Rayforce como nos jogos seguintes ainda assim vale a pena estar incluído na coleção, que traz muitas opções extra como gravações em qualquer ponto dos jogos, a outras muito uteis: 8/10

Hyper-5

Chegou até nós Hyper-5, pelas mãos da nossa “amada” Eastasiasoft (quem segue as nossas análises escritas ou em vídeo no nosso canal de YouTube, vai perceber), um Shmup que eu tinha alguma expectiva quando vi o trailer.

Mas, apesar de não ser um mau jogo ficou abaixo do que esperava. Nao obstante dos seus bons gráficos e suaves controlos, o jogo acaba por ser bastante frustrante porque a nossa nave começa com um armamento muito, mas muito deficiente. Tiros fracos e lentos que quase não destroem nada. É isso mesmo, temos de jogar muitas partidas para começar a juntar alguns créditos para depois ir comprando mais e melhor armamento no menu inicial. E isso é muito pouco excitante porque perdemos ali muito tempo no inicio que parece que estamos apenas a jogar porque tem de ser… porque precisamos de “juntar dinheiro” para, passado muito tempo, termos alguma coisa que se apresente.

O Hyper-5 inspira-se nos clássicos do género shoot’em up dos anos 90, como quase todos estes tipos de jogo, mas tem algo que diferece, que são as suas cutscenes ao estilo cinematográfico, que tanto aparecem nos inícios de fases, como no aparecimento de bosses, ou até quando perdemos a última vida, em que vemos a nossa nave a ser despedaçada, num ponto de vista totalmente 3D, exatamente na parte do cenário em que nos encontrávamos! Muito interessante.

A visualização é feita de forma lateral e apresentada com profundidade em 3D. Os efeitos visuais preenchem todo o ecrã e são muito bons.

É um jogo que podia ser facilmente muito melhor do que aquilo que é, mas não passa de razoável pelo nível de frustração que nos apresenta. Mas, ei, custa menos de 10 euros! 🙂

Saiu nas plataformas: PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X|S, a €14,99, pela EastAsiaSoft

Classificação: 6.5/10

Laserpitium

E a última sugestão de hoje vai para LASERPITIUM, um shoot’em up 2D de vista lateral com movimentos multidirecionais, mas mais 2D do que isto é impossível. Por muito que os gráficos são giros, em HD e desenhados à mão, estes parecem ter saídos de um livro infantil o que para mim não casa com o género ficção cientifica de “atirar a matar”. Todo o visual é só… esquisito!

Podemos escolher entre três naves, cada uma com um estilo de jogo único, em 10 fases diferentes. Temos o disparo normal e um alternativo, que muda consoante a nave. Temos uma com disparos para trás, outra com disparos duplos a 45º para cima e para baixo, etc.

É bastante difícil, no entanto temos 9 vidas. Mas preferia que fosse mais fácil e que tenha apenas 3 vidas, por exemplo. É um bocado aborrecido estarmos sempre a morrer e a voltar. 9 Vidas? Não somos gatos.

Joga-se bem, os efeitos visuais são muito interessantes, a jogabilide e reação aos comandos é optima mas o estilo dos gráficos, a falta de originalidade e a dificuldade extrema tiraram-me de cena. Há aí bem melhores shmups onde poderão gastar os 14,99€, como por exemplo o Hyper-5 e ainda te vão sobrar 5 paus!

Saiu nas plataformas: PS4, PS5, Switch, Xbox One, Xbox Series X|S, a €14,99, pela EastAsiaSoft

Classificação: 5.5/10

Todos os jogos foram testados numa Playstation 4

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