100 anos da animação portuguesa terá programação especial
Primeira animação portuguesa
Para além de contendas técnicas e históricas, a obra de Guerreiro é considerada “o primeiro filme de que há registo na história da animação nacional”, como se lê na página oficial da Casa da Animação, motivo pelo qual se comemora, este mês, o seu centenário e, simbolicamente, o aparecimento do cinema de animação em âmbito nacional.
Nesse ínterim, o Batalha Centro de Cinema resgata a cópia original que se tinha perdido, mas, que em 2001, o produtor e realizador Paulo Cambraia iniciou um trabalho de recuperação e remontagem do filme a partir dos desenhos originais e com música do Maestro António Victorino d’Almeida.
Comemorações
Por conseguinte, em ato celebrativo, a Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, e o Cinema Batalha, no Porto, unem-se a essa efeméride, programando algumas sessões dedicadas ao cinema português de animação.
Para tanto, ontem, às 21:15, no Porto, na renovada sala Batalha – Centro de Cinema, “O pesadelo de António Maria” foi mostrado numa sessão programada em parceria com a Casa da Animação. A sessão terá sido apresentada por Regina Machado e Ricardo Blanco.
O Centro destaca que com programação do próprio Paulo Cambraia, esta sessão de comemoração do cinema de animação nacional apresenta, em jeito de antologia, a reconstituição parcial da curta-metragem, assim como uma seleção de obras nacionais de animação produzidas desde os seus primórdios e até aos anos 60.
Lisboa
Seguindo a programação especial, hoje, quinta-feira (26/1), em Lisboa, a exibição de “O pesadelo de António Maria” abre um ciclo alargado da Cinemateca, em colaboração com o Festival de Animação de Lisboa – Monstra, que se estenderá durante o ano.
Nesse sentido, por fim, a Agência Lusa reportou que na sessão de quinta-feira serão exibidos 13 filmes, abrangendo o cinema de animação entre 1923 e 1985, incluindo os filmes publicitários de Armando Servais Tiago e Artur Correria, dois dos nomes mais importantes da animação portuguesa das décadas de 1940 a 1970 e a primeira curta de Abi Feijó: “Oh que calma”.
A Lusa ressalva que o resto da programação da Cinemateca sobre esta temática está ainda por anunciar. Ambas iniciativas, em Lisboa e no Porto, contarão com curadoria de Paulo Cambraia.
Brasileiro, Tenório é jornalista, assessor de imprensa, correspondente freelancer, professor, poeta e ativista político. Nomeado seis vezes ao prémio Ibest e ao prémio Gandhi de Comunicação, iniciou sua carreira no jornalismo ainda durante a graduação em Geografia na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), escrevendo colunas sobre cinema para sites, jornais, revistas e portais do Nordeste e Sudeste do Brasil.