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100 anos da animação portuguesa terá programação especial

Realizado pelo caricaturista Joaquim Guerreiro numa sátira ao político António Maria Silva, da Primeira República. “O pesadelo de António Maria”, de 1923, completou ontem (25/1), 100 anos de exibição.
 

Primeira animação portuguesa

Para além de contendas técnicas e históricas, a obra de Guerreiro é considerada “o primeiro filme de que há registo na história da animação nacional”, como se lê na página oficial da Casa da Animação, motivo pelo qual se comemora, este mês, o seu centenário e, simbolicamente, o aparecimento do cinema de animação em âmbito nacional.

Nesse ínterim, o Batalha Centro de Cinema resgata a cópia original que se tinha perdido, mas, que em 2001, o produtor e realizador Paulo Cambraia iniciou um trabalho de recuperação e remontagem do filme a partir dos desenhos originais e com música do Maestro António Victorino d’Almeida.

Comemorações

Por conseguinte, em ato celebrativo, a Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, e o Cinema Batalha, no Porto, unem-se a essa efeméride, programando algumas sessões dedicadas ao cinema português de animação.

Para tanto, ontem, às 21:15, no Porto, na renovada sala Batalha – Centro de Cinema, “O pesadelo de António Maria” foi mostrado numa sessão programada em parceria com a Casa da Animação. A sessão terá sido apresentada por Regina Machado e Ricardo Blanco.

O Centro destaca que com programação do próprio Paulo Cambraia, esta sessão de comemoração do cinema de animação nacional apresenta, em jeito de antologia, a reconstituição parcial da curta-metragem, assim como uma seleção de obras nacionais de animação produzidas desde os seus primórdios e até aos anos 60.

Lisboa

Seguindo a programação especial, hoje, quinta-feira (26/1), em Lisboa, a exibição de “O pesadelo de António Maria” abre um ciclo alargado da Cinemateca, em colaboração com o Festival de Animação de Lisboa – Monstra, que se estenderá durante o ano.

Nesse sentido, por fim, a Agência Lusa reportou que na sessão de quinta-feira serão exibidos 13 filmes, abrangendo o cinema de animação entre 1923 e 1985, incluindo os filmes publicitários de Armando Servais Tiago e Artur Correria, dois dos nomes mais importantes da animação portuguesa das décadas de 1940 a 1970 e a primeira curta de Abi Feijó: “Oh que calma”.

A Lusa ressalva que o resto da programação da Cinemateca sobre esta temática está ainda por anunciar. Ambas iniciativas, em Lisboa e no Porto, contarão com curadoria de Paulo Cambraia.

 

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