Cinema: Crítica – Johnny English Volta a Atacar (2018)
Já tínhamos saudades de Rowan Atkinson, actor cómico que marcou gerações com as suas temporadas inesquecíveis de The Black Adder e os vários sketches em Mr. Bean, e, que algures no inicio da década passada, aventurou-se em parodiar os filmes de espiões, mais especificamente o de James Bond.
É por isso que o seu regresso em Johnny English Volta a Atacar, é um de curiosidade. Tendo em conta que a última vez que o vimos foi em 2011, Bond teve nos últimos tempos as suas aventuras mais intensas desde sempre e a aparição dos Kingsman abriu as portas para uma comédia mais negra dentro do género.
English é agora professor numa escola privada, vivendo uma vida pacata, dedicada aos seus jovens estudantes que ensina vários truques que aprendeu durante a sua carreira. Quando um ciber-ataque revela as identidades de todos os agentes do MI7, English é a última esperança para a salvação, a quem se junta o seu velho amigo Bough (Ben Miller).
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É com esta nova missão que percebemos a idade de Johnny English, um agente treinado a utilizar as suas capacidades sem recurso à tecnologia. Mas num mundo dominado pela mesma, percebemos que nem sempre é boa ideia fazer as coisas à moda antiga, sendo este um dos pontos principais de comédia deste filme.
Entretanto, English conhece Ophelia (Olga Kurylenko), uma espia russa que acaba por ser o equivalente a uma Bond-Girl, sendo ela também motivo para que English prove o que vale no campo.
Mas é frequente que os vários momentos de paródia não sejam propriamente inteligentes, recorrendo a tácticas óbvias e jogando quase sempre pelo seguro. Por vezes é capaz de sacar um ou outro riso mais histérico, sendo esses os momentos que mais nostalgia dão.
Com isto, Johnny English Volta a Atacar não mostrou nenhum sinal de inovação, sendo o filme uma repetição da fórmula previamente estabelecida. Os risos são poucos e em 2018, as coisas parecem já não ter a mesma piada que tinham desde da última vez que o vimos. O que é pena, pois por mais que gostamos de Rowan Atkinson, não podemos deixar de pensar se ele não merecia melhor.
Nota Final: 5/10
Fã irrepreensível de cinema de todos os géneros, mas sobretudo terror. Também adora queimar borracha em jogos de carros.